Alibaba e Richemont investem 1,1 mil milhões de dólares na Farfetch para acelerar digitalização mundial da indústria de luxo

José Neves, fundador da Farfetch

A Farfetch anunciou esta quinta-feira à noite ter fechado uma parceria com a Alibaba e a Richemont para acelerar a digitalização global da indústria de luxo, estando ao mesmo tempo previsto que as marcas de luxo aumentem o acesso ao mercado chinês.

No âmbito deste acordo global, a Alibaba e a Richemont vão investir 300 milhões de dólares (256,5 milhões de euros) cada em obrigações convertíveis emitidas pela Farfetch Limited. Por outro lado, aquelas companhias vão investir 250 milhões de dólares (213,7 milhões de euros) cada na Farfetch China, ficando com uma participação combinada de 25% numa joint venture que abrangerá operações em território chinês e que prevê a criação de um marketplace. Ao terceiro ano da formação da joint venture, a Alibaba e a Richemont poderão adquirir mais 24% de uma participação combinada na Farfetch China.

Este acordo permite à Farfetch lançar canais de vendas de produtos de luxo nas plataformas Tmall Luxury Pavilion e Luxury Soho, pertencentes à Alibaba, assim como na Tmall Global, plataforma da Alibaba para o comércio online transfronteiriço. “Os novos canais expandem o alcance da plataforma de luxo global da Farfetch para os 757 milhões de consumidores do Alibaba, oferecendo às marcas de luxo uma solução multimarca através da integração com a Farfetch”, referem as entidades em comunicado.

“Este anúncio é um grande passo na nossa missão de conectar curadores, criadores e consumidores da indústria da moda de luxo. O investimento de 1,15 mil milhões de dólares na Farfetch pelo Alibaba Group, Richemont e Artemis é uma forte validação da nossa posição como plataforma global de luxo”, refere José Neves, CEO da Farfecth, citado em comunicado.

Daniel Zhang, presidente e CEO do Alibaba Group, refere que “esta parceria altamente complementar reúne algumas das principais plataformas de retalho e tecnologia de luxo do mundo, representando outro marco na estratégia da Alibaba para dar resposta à crescente procura de produtos de luxo na China”.