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Fruut estima faturar dois milhões de euros este ano. Empresa vai entrar no segmento de pequeno-almoço

Por a 30 de Outubro de 2020 as 12:30

FRUUTO consumo de snacks é uma tendência crescente em Portugal e no mundo. Com pouco tempo para cozinhar e cada vez mais conscientes da importância de uma alimentação saudável e equilibrada, os consumidores procuram soluções práticas e nutritivas para consumir entre refeições, em casa, na escola, no local de trabalho ou em movimento. E as empresas estão a responder, adaptando os seus produtos à categoria de snacks através, por exemplo, da otimização de doses ou desenvolvendo novos produtos.

Os snacks podem também estar associados a outra tendência, a do reaproveitamento de alimentos que estariam, à partida, condenados ao desperdício. É o caso da empresa Frueat que aproveita a “fruta feia”, que não tem lugar nas prateleiras dos supermercados, para elaborar os seus produtos “core”, os snacks de fruta desidrata com os quais se apresentou ao mercado em 2013 com a marca Fruut.

Para captar novos consumidores e momentos de consumo, a empresa está apostada em diversificar a gama de produtos. Aos snacks de fruta desidratada juntou, em julho, uma linha de tortitas (Craaks) e prepara-se para apresentar ao mercado, em novembro, uma nova linha de bolachas (cookies). “Para os meses seguintes está ainda prevista a entrada no segmento de pequenos-almoços”, revela, em entrevista ao Hipersuper, Filipe Simões, diretor executivo da Fruut.

A empresa estima alcançar uma faturação de dois milhões de euros em 2020. “Acreditamos que, num contexto sem pandemia e sem o impacto negativo da mesma nas nossas vendas, faturaríamos mais de 3 milhões”. A cifra de dois milhões de euros representa um crescimento homólogo de 35%.

“Este foi um ano muito positivo para a Frueat. O nosso crescimento está muito suportado na evolução do mercado internacional. Em Portugal, sentimos um impacto negativo muito acentuado nos meses de ‘lockdown’ que condicionou o desenvolvimento do negócio. Os nossos produtos são claramente de impulso e os principais canais de impulso, como as gasolineiras e máquinas de vending, foram canais severamente afetados pela pandemia”, explica o diretor executivo.

Segundo a mais recente análise ao setor das máquinas de venda automáticas da Informa D&B, o mercado de vending em Portugal deverá regredir 15% em 2020, situando-se nos 475 milhões de euros, após cinco anos de crescimento consecutivo.

backroundFRUUT-04-04Ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos: o grande desafio da indústria

Segundo  Filipe Simões, os grandes drivers de crescimento do mercado de snacks saudáveis são “naturalidade e inovação” porque os consumidores vão procurar “cada vez mais os produtos naturais, menos processados e com menos ingredientes”.

“Ao mesmo tempo, num mundo em que tudo acontece cada vez mais rapidamente, os ciclos de vida dos produtos irão tornar-se cada vez mais curtos, obrigando as empresas a apostar em inovação e no lançamento de novos produtos que se ajustem em cada momento às novas necessidades dos consumidores. E isto traz desafios gigantescos para toda a indústria pois será necessário conciliar a eficiência e a rentabilidade de toda a cadeia de valor com os ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos”, alerta.

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