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Lucros da Jerónimo Martins caem 17,8% nos primeiros nove meses de 2020

Por a 28 de Outubro de 2020 as 18:58

Pingo DoceA Jerónimo Martins reportou um resultado líquido de 219 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma diminuição de 17,8% face a igual período do ano. O grupo dono do Pingo Doce registou, no entanto, um crescimento de 11,2% para 115 milhões de euros no terceiro trimestre de 2020.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a companhia de distribuição revela que, nos primeiros nove meses do ano, registou um acréscimo de 32 milhões de euros em termos de custos operacionais, tais como prémios extraordinários pagos às equipas operacionais, despesas com equipamentos e materiais de proteção individuais e coletivos e financiamento de múltiplas iniciativas de apoio social nos três países.

“A estes custos acresceram, a nível das outras perdas e ganhos, 3 milhões de euros que concernem ao reforço de provisões para valores a receber cujo risco de não realização aumentou substancialmente devido à pandemia”, refere a Jerónimo Martins no mesmo documento.

Por outro lado, as vendas consolidadas cresceram 3,9% para 14,2 mil milhões de euros nos primeiros meses do ano, com as vendas comparadas a subir 3,5%. No terceiro trimestre do ano, as vendas cresceram 2,7% para 4,9 mil milhões de euros, ou 2,2% em termos comparáveis.

Em relação à política de dividendos, o conselho de administração da Jerónimo Martins decidi propor, em assembleia-geral extraordinária, “a distribuição do montante remanescente para o payout de 50%, em linha com a política de dividendos do grupo”.  Esta decisão ficou a dever-se à “à força do desempenho do grupo em tempos de adversidade, à luz da posição de caixa que temos no final de setembro e do nível de flexibilidade financeira”.

Em maio, a administração decidiu rever para 130,1 milhões de euros o montante a distribuir pelos acionistas relativo aos lucros de 2019, uma diminuição de 40% face aos 216,8 milhões anteriormente propostos. O grupo decidiu então cortar o dividendo de 34,5 cêntimos por ação proposto no início do ano para 20,7 cêntimos. Na altura o payout dos resultados de 2019 foi reduzido, dos 50% inicialmente propostos, para 30%.

Vendas em Portugal diminuem
Com exceção de Portugal, as vendas registaram, de janeiro a setembro, um crescimento, sobretudo na Colômbia, mercado que subiu as vendas perto da casa dos dois dígitos. Nos primeiros nove meses do ano, a Ara subiu as vendas em 9,9% para 615 milhões de euros. No mercado polaco, o mais representativo do grupo, a Biedronka registou um crescimento de 7,3% para 9,91 mil milhões de euros. Já a Hebe manteve as vendas estáveis nos 180 milhões de euros.

No que respeita ao mercado português, o Pingo Doce apresentou uma diminuição nas vendas de 2,3% para 2,8 mil milhões de euros de janeiro a setembro, tendo o Recheio registado uma queda de 15,6% para 639 milhões de euros. Este desempenho resulta da “queda dramática” no canal Horeca, responsável por mais de 35% das vendas da insígnia.

Por outro lado, o EBITDA da Jerónimo Martins diminuiu 1,9% para 1,03 mil milhões de euros. No terceiro trimestre, este indicador registou uma subida de 3,3% para 395 milhões de euros.

Em número de lojas, a Biedronka subiu de 2.932 para 3.047 espaços comerciais entre os primeiros nove meses de 2019 e os primeiros nove de 2020, tendo encerrado sete lojas durante este último período. O Pingo Doce, por seu turno, abriu nove lojas entre janeiro e setembro, tendo atingido 450. A Ara, que abriu 33 supermercados e encerrou 8, fechou o trimestre com 641. Já a Hebe, que encerrou 29 pontos de venda e abriu  12, encerrou o período com 256 lojas, menos uma em relação ao período homólogo do ano anterior.

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