Destaque Destaque Homepage Distribuição Homepage Newsletter Ponto de Venda

2020 coloca à prova retalho internacional. Comércio unificado é a grande tendência

Por a 23 de Outubro de 2020 as 12:32

omnicanalO ano de 2020 veio por à prova os negócios de retalho. O confinamento e as medidas de distanciamento social trouxeram novas exigências impostas pelos consumidores. O aumento da procura pelo comércio online é, talvez, a mais notória.

Como resume Alberto López, head of business development da Adyen em Portugal e Espanha, “o retalho enfrentou este ano aquele que possivelmente será o pior da sua história devido à pandemia de Covid-19, uma vez que mudou por completo os hábitos dos consumidores e as regras do jogo num período de tempo bastante curto. Os negócios tiveram que se adaptar rapidamente às circunstâncias e milhões de compradores acederam pela primeira vez ao comércio eletrónico”.

Segundo um estudo internacional da Adyen, os consumidores que outrora compravam em lojas físicas passaram a fazê-lo online, aumentando os seus gastos em cerca 40%. E um total de 73% dos consumidores esperam que os comerciantes mantenham a flexibilidade demonstrada durante a pandemia.

Os retalhistas tiveram que adaptar rapidamente o negócio ao aumento rápido e exponencial do comércio online e quem dispunha de “capacidade de comércio unificado compensou o decréscimo de vendas na loja física provocado pela pandemia com incrementos no resto dos canais”, conclui o estudo.

Comércio unificado não é o mesmo que omnicanalidade

“A pandemia provocada pelo coronavírus tem valorizado a omnicalidade para os ‘retailers’ ao nível internacional, já que só aqueles que estavam preparados para continuar os seus negócios online conseguiram sobreviver ao desastre económico”, comentou Laureano Turienzo, presidente da Associação Espanhola de Retail (AER), citado em comunicado de imprensa.

Apesar de os dados colocarem em evidência a importância das estratégias omnicanal para mitigar perdas no setor e na economia em geral, não se deve confundir o conceito de comércio unificado com o de omnicanalidade, ressalva Laureano Turienzo.

“É importante distinguir entre omnicalidade e comércio unificado, o verdadeiro protagonista desta história. Porque gerir os processos de venda omnicanal sem uma estrutura interna que permita gerir de forma unificada acaba por ser uma autêntica dor de cabeça para os ‘retailers’ e traduz-se em experiências de compra negativas para os consumidores,” acrescenta.

Lojas físicas mantém a sua importância?

Embora os canais online tenham sido os salva-vidas dos retalhistas durante a pandemia, as lojas físicas também têm muito para oferecer. Segundo o estudo da Adyen, três em cada cinco europeus (58%) preferem comprar em lojas físicas e mais de metade (52%) admite querer voltar às lojas por prazer, uma vez terminada a pandemia.

Por outro lado, um total de 27% assegura que é menos provável voltar a comprar em lojas físicas porque a experiência do online tem sido positiva. Segundo o relatório, os franceses, os dinamarqueses e os alemães são os que se sentem menos atraídos pela compra online.

O “Report de Retail 2020” da Adyen foi elaborado com dados de três fontes distintas: o Centro Espanhol de Investigações Económicas e Empresariais (CEBR), que realizou uma análise do retalho e das empresas do setor de alimentos e bebidas; os dados transacionais anónimos geridos pela plataforma da Adyen a nível internacional, tanto em lojas físicas como online; e um questionário realizado a mais de 25.000 consumidores da Europa, Estados Unidos, Asia-Pacífico e Brasil.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *