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Abertura de novas lojas reduz para metade até setembro. Comércio de rua domina

Por a 9 de Outubro de 2020 as 11:33

retalhoA abertura de novas lojas no comércio a retalho recuou para metade entre janeiro e setembro, em termos homólogos, segundo o Markbeat Portugal Outono 2020, um estudo feito pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield.

Até setembro, inauguraram no país 300 lojas com uma área total de 92.100 metros quadrados, metade das que abriram portas em igual período de 2019.

“O comércio de rua destacou-se largamente, representando 73% do número de operações, seguido pelos conjuntos comerciais com 14%. No mesmo sentido, o setor da restauração dominou novamente, com 63% dos arrendamentos, seguido pelo setor alimentar com 13%. Refletindo o aumento no consumo de bens alimentares, é a este setor que pertencem os retalhistas mais ativos do ano”, lê-se no estudo.

Das aberturas nos primeiros nove meses do ano, destacam-se oito supermercados inaugurados pela cooperativa espanhola de distribuição Coviran, numa lógica de proximidade. Também a retalhista alemã Aldi e cadeia de supermercados espanhola Mercadona prosseguiram com o seu plano de expansão com, respetivamente, seis e quatro novas aberturas.

Lisboa concentra metade das novas aberturas

É a cidade de Lisboa que concentra metade das novas aberturas no retalho nacional, na sua esmagadora maioria em comércio de rua. Na Avenida da Liberdade foram inauguradas lojas de marcas internacionais que reforçam o posicionamento da zona – a Dolce & Gabbana inaugurou a sua “flagship store” em maio e, mais recentemente, foi a vez de DSquared2, Golden Goose e Ba&sh marcarem presença em Portugal. O Continente Bom Dia e a Conforama abriram no Lisboa Retail Park, com, respetivamente, 5.500 metros quadrados e 6.000 metros quadrados.

“Manteve-se a proliferação da oferta além das localizações tradicionais no centro da cidade, com destaque para as Avenidas Novas, onde se registaram 20 aberturas”, ressalva o estudo.

O concelho do Porto registou o segundo maior número de aberturas em Portugal, com 30 novas lojas. O comércio de rua manteve a atratividade dos últimos anos, concentrando 86% dos negócios. “A zona da Baixa foi a mais dinâmica, agregando 28% da nova oferta. Contudo, zonas como Foz do Douro e Boavista estão cada vez mais na mira de vários operadores nacionais e internacionais, assim como de investidores que lhes reconhecem uma maior atratividade”.

No que diz respeito aos valores de arrendamento, o setor tem vindo a ser impactado pela implementação de regimes excecionais. “A moratória de rendas que, após prorrogação, veio permitir que os retalhistas forçados a encerrar as suas lojas não pagassem renda até setembro. E a suspensão do pagamento de rendas fixas nos centros comerciais até ao final do ano, sendo somente devidas pelos inquilinos a renda variável e despesas comuns”, de acordo com o estudo.

 

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