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Portugueses gastam mais 12% em compras de supermercado até agosto

Por a 24 de Setembro de 2020 as 12:10

supermercadoOs portugueses aumentaram em 12% os seus gastos em compras de supermercado entre janeiro e agosto de 2020, em termos homólogos, segundo um estudo da Kantar Worldpanel. Em volume, o mercado de bens de grande consumo (FMCG) cresceu 8% face a igual período de 2019.

“Estamos a falar de um mercado maior, num contexto diferente e com mais concorrentes do que nunca”, comenta Florencio Garcia, Iberia retail & catman sector director da Kantar Worldpanel.

Com os portugueses a frequentarem menos vezes as lojas e a permanecerem nos estabelecimentos comerciais o menos tempo possível, no contexto da pandemia, a frequência de compra dos portugueses nos espaços dos operadores de retalho alimentar retrocedeu, em termos homólogos, 4%. Um número “bastante impactado pelos períodos de confinamento, onde a queda foi até aos 12% nas visitas às lojas”, revela o estudo.

A diminuição da frequência de compra foi, no entanto, compensada com a aquisição de cestas maiores. Os portugueses trazem para casa mais bens de grande consumo em cada ato de compra. Mesmo nos meses de junho, julho e agosto, a cesta continuou a crescer, cerca de 8% em relação a igual período de 2019. “Analisando o total dos meses até agosto sobe 11,9%”, lê-se nas conclusões do estudo.

Discounts e tradicionais ganham força

Face às circunstâncias sanitárias e às medidas de prevenção adotadas para prevenir a propagação da Covid-19, os canais de compra discounts e os supermercados tradicionais ganharam importância junto do agregado familiar português. “Por se tratar de lojas onde o consumidor se desloca regularmente, a perceção de que pode continuar a fazer as suas compras habituais e o número significativo de lojas por habitante, ajudou ao crescimento de ambos”, revela a mesma fonte.

Os discounts ganharam 0,5% de quota até agosto e os supermercados tradicionais cresceram 0,6%. “Em ambos os casos, o crescimento dos produtos frescos tem sido fundamental”, acrescenta.

Neste contexto, as insígnias líderes do retalho nacional, Continente e Pingo Doce, perdem quota de mercado. O Lidl e o Intermarché são as únicas insígnias a ganharem quota de mercado em 2020.

E-commerce cresce o que seria expectável em três anos

O E-commerce alimentar, por outro lado, descolou em Portugal. Um em cada três lares portugueses já comprou produtos de grande consumo online em 2020 e 45% deles repetem este canal de compras pelo menos uma vez.

“Com tudo isto, foi possível quebrar muitas barreiras com os consumidores e gerar o hábito, o grande desafio deste canal, num país com muitas lojas físicas por habitante. Em 2020, deu-se um desenvolvimento que seria expectável acontecer nos próximos três ou quatro anos”, conclui o estudo.

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