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Investimento imobiliário em Portugal cai 16% para 1,7 mil milhões no semestre

Por a 8 de Setembro de 2020 as 10:24

imobiliarioJá é conhecido o impacto da pandemia da Covid-19 no setor imobiliário português. O investimento em ativos imobiliários caiu 16% no primeiro semestre, em termos homólogos, para um total de 1,7 mil milhões de euros, segundo um relatório (realizado em junho, em 33 países) da consultora imobiliária Savills.

“No mercado português de investimento, o primeiro semestre de 2020 somou um total aproximado de 1,7 mil milhões de euros, sendo que 94% desse valor dizem respeito a transações fechadas ao longo do primeiro trimestre”, revelou a Savills em comunicado.

Em relação aos primeiros três meses do ano, a quebra cifrou-se em 87%. A consultora explica que, entre janeiro e março, registaram-se 1,5 mil milhões de euros de “investimento total excecional”, quase metade do volume de investimento de 2018 e 2019. “Esta evolução é justificada com o fecho de grandes transações nos segmentos de retalho, escritórios e hotéis”, exemplifica.

De janeiro a junho foram realizadas 25 transações. Cinco correspondem à venda de portefólios de escritórios, retalho e hotéis num total superior a 1,2 mil milhões de euros, ou seja, 81% do volume total de investimento do primeiro semestre.

Retalho é o setor mais afetado

A pandemia teve um “impacto muito significativo no mercado imobiliário”, sobretudo nos setores de retalho e hotelaria, resume Paulo Silva, responsável pela Savills Portugal. O retalho foi o setor “mais afetado pelo novo coronavírus” levando a “uma descida significativa de preços”, enquanto o “online” avançou potenciado pelo confinamento, continua.

Entre janeiro e março, o volume de absorção do segmento de retalho fixou-se em 139.519 metros quadrados, sendo que 81% destes correspondem a renovações de contratos e 16% a novos contratos.

“O aumento do consumo de produtos pela via digital veio testar a capacidade de adaptação e resposta das empresas e operadores logísticos a esta nova realidade, obrigando retalhistas e fabricantes a fazer ajustamentos ao negócio”, considerou, citada no mesmo documento, a diretora de retalho da Savills Portugal, Cristina Cristóvão.

O impacto do comércio online poderá levar a uma redução da área das lojas físicas e a um aumento da procura por áreas maiores de armazenamento, prevê a consultora.

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