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Sonae MC recua em 1,7% no lucro apesar de crescimento de 11,5% no volume de negócios

Por a 27 de Agosto de 2020 as 11:33

continenteA Sonae MC reportou um resultado líquido de 42 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, um recuo de 1,7% face ao período homólogo do ano transato.

“O surto de COVID-19 teve um impacto material na nossa atividade. A nossa resposta à crise exigiu alterações substanciais ao nosso modelo operativo, que implicaram um aumento significativo de custos, pesando negativamente na rentabilidade da primeira metade do ano.”, refere Luís Moutinho, CEO da Sonae MC, citado em comunicado enviado à CMVM.

O volume de negócios cresceu, em termos homólogos, 11,5% para 2.431 milhões de euros. As vendas comparadas cresceram 6,2%. O formato que registou o maior crescimento foi o de supermercados, com uma subida do volume de negócios de 16,2% para 1.210 milhões de euros. Os supermercados apresentaram um volume de negócios de 823 milhões de euros, um crescimento homólogo de 8,3%. O negócio online, por sua vez, cresceu a dois dígitos.

“A tendência de vendas melhorou progressivamente desde o início de 2020, e uma vez mais no segundo trimestre, resultando num aumento da quota de mercado e reforçando ainda mais a nossa posição de liderança. O crescimento sustentado alcançado ao longo dos primeiros seis meses do ano deveu-se principalmente ao aumento das vendas do negócio alimentar, na sequência de uma fase inicial de armazenamento de bens essenciais pelos consumidores, seguida pelo incremento da procura de refeições em casa, que se manteve em níveis acima dos habituais até ao final de junho”, explica Luís Moutinho.

Já os novos negócios de crescimento e outros registaram um volume de negócios de 398 milhões de euros, um crescimento de 5,3% face a igual período de 2019. “Após um início de segundo trimestre desafiante, os Novos Negócios de Crescimento e as categorias não alimentares nos hipermercados da empresa recuperaram parcialmente nas últimas semanas do período, devido ao alívio das restrições do governo. Não obstante, os formatos de restauração da Sonae MC (incluindo as cafetarias Bagga e os restaurantes Go Natural) sofreram um impacto negativo devido a uma redução temporária de tráfego, com muitos consumidores demonstrando ainda receio em realizar refeições fora de casa”, explica a companhia em comunicado.

A Sonae MC apresentou um EBITDA subjacente de 226 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de 9,2% face a igual período de 2019. Apesar deste aumento, a margem EBITDA recuou 0,2 pontos percentuais para 9,3%, o que evidencia “o impacto incremental que a pandemia teve no negócio, nomeadamente custos operacionais substanciais relacionados com o COVID-19 ao longo do período, bem como alterações no mix de produtos e canais que pesaram negativamente sobre as margens brutas”, explica o documento.

A Sonae MC investiu na abertura de 37 lojas próprias nos primeiros seis meses do ano, o que acrescenta uma área de cerca de mais 12 mil metros quadrados de área de venda. A empresa remodelou ainda duas unidades de retalho alimentar.

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