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Pedidos de patentes europeias com origem em Portugal cresce 23% em 2019

Por a 11 de Agosto de 2020 as 12:03

InventaInternational_Barometro2020O número de pedidos de patentes europeias com origem em Portugal no ano passado cifrou-se em 272, aumentando 23% em comparação com os 221 pedidos de patentes realizados em 2018.   Os dados são da consultora Inventa International, especializada em propriedade intelectual, que lançou o Barómetro Patentes Made in Portugal 2020.

O barómetro, que apresenta estatísticas e indicadores desde o ano 2000, revela a origem dos pedidos de patentes, a crescente internacionalização e os setores tecnológicos mais inovadores em Portugal.

O número de pedidos de patente em Portugal tem vindo a aumentar desde o ano 2000. O crescimento é significativo. Em 2004 existiam 1000 patentes, com origem em Portugal, válidas no mundo. Em 2018, existiam 4000.

“O número crescente de pedidos de patente em relação aos valores monetários de bens e serviços produzidos em Portugal, sugere um elevado investimento em investigação e desenvolvimento por parte das organizações e corporações portuguesas”, indica o estudo.

Entre 2000 e 2018, quase 30% do total de pedidos de patentes apresentados (17.478) foram concedidos, atingindo o seu pico entre 2014 e 2015. Os inventores nacionais lideraram o número de pedidos de patente em Portugal face a pedidos apresentados por empresas estrangeiras.

No ano passado, as regiões do Norte, a área metropolitana de Lisboa e a região Centro lideraram o pedido de proteção de patentes em Portugal.

“As tecnologias subjacentes aos pedidos de patente em Portugal têm mantido alguma consistência verificando-se, contudo, um grande aumento do número de publicações relacionadas com documentos de patentes para tecnologias na área farmacêutica, engenharia civil e química orgânica fina, segundo os dados acumulados pelo setor tecnológico entre 2008 e 2018”, revela o documento. “Portugal é também um forte contribuidor das chamadas tecnologias verdes. Os pedidos de patente incidem maioritariamente em invenções relacionadas com produtos e processos voltados para a mitigação dos efeitos nas alterações climáticas”.

Uma das principais tendências é a internacionalização das invenções desenvolvidas por requerentes nacionais. Os inventores portugueses têm cada vez mais vindo a procurar proteção para as suas invenções nos Estados Unidos e no Instituto Europeu de Patentes (EPO). Desde 2017, que a China ocupa o terceiro lugar, superando o Brasil e o Japão como jurisdições de interesse, indica o Barómetro.

Apesar do crescimento do número de pedido de patentes em Portugal, o país ainda está longe das médias europeias e mundiais. No ano passado, Portugal ocupou a 32ª posição do ranking de pedidos de patente europeu, segundo dados do EPO (Instituto Europeu de Patentes) e a 39ª posição no ranking de pedidos de patentes submetidos por país de origem, de acordo com a Organização Mundial da Propriedade Industrial.

 

 

 

 

 

 

 

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