Centros comerciais de Lisboa com quebras de 40% em vendas. Associação alerta para postos de trabalho em risco

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) apela ao Governo que determine a reabertura total, “ainda esta semana”, dos centros comerciais na Área Metropolitana de Lisboa (AML), cujas vendas caíram 40% em julho, face ao período homólogo. O valor está 15 pontos percentuais acima da queda verificada nos centros do resto do País (acumulada em 25%).

A associação condena assim a obrigação de os centros da AML encerrarem atualmente às 20 horas. Uma regra que já não se aplica no resto do País. Em relação ao número de visitantes, os centros comerciais da AML registam uma quebra de 47% em julho, enquanto os restantes centros do País receberam em média menos 30% de visitantes, face ao período homólogo.

“Os associados da APCC consideram esta continuada limitação injustificada e lesiva para a recuperação económica da atividade dos lojistas dos centros comerciais”, afirma António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, citado em comunicado. “Continuar a limitar desnecessariamente os centros comerciais, especialmente da AML, coloca em risco a preservação de muitos postos de trabalho”.

Segundo a associação, na AML estão concentrados 35% dos centros comerciais existentes no País e estes asseguram 50% do emprego total gerado pelo setor.

O presidente da APCC frisa ainda que  “desde o dia 1 de junho, os centros comerciais estão a operar sem limitações no resto do país sem registo de quaisquer incidentes”.