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Produção de sal marinho renasce no Algarve

Por a 10 de Agosto de 2020 as 9:52

SalO aparecimento dos mercados gourmet e biológico fez renascer a produção de sal marinho tradicional no concelho raiano de Castro Marim, no Algarve, onde a tradição salineira passa através de gerações, com um papel central na economia da vila.
Com a falência da pesca e da indústria conserveira, na década de 1980, a produção de sal quase desapareceu, mas foi reativada já no início do século XXI: das duas salinas que resistiam em 2000 somam-se mais 15, havendo agora 17 em funcionamento, de um total de 70 salinas instaladas no concelho.

Na família de Luís Horta Correia, as salinas já vêm do tempo do seu avô, mas na família da mulher a tradição recua mais uma geração. A indústria salineira cruzou as suas famílias muito antes de imaginarem que se iam casar: o seu avô era proprietário de uma salina cujo produtor era o bisavô da mulher.

“Castro Marim é sal, sempre foi. Quase toda a gente que vive na vila tem, ou trabalha, ou conhece alguém que trabalhe numa salina. Está tudo relacionado com o sal. As crianças nasceram e cresceram a andar e a brincar nos sapais”, conta o produtor da Água Mãe, empresa fundada em 2008.

Além de os romanos já ali se terem dedicado a esta atividade, o foral da vila, datado de 1253, já estabelecia que a principal atividade era o sal e a produção – que se concentra na reserva natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António – floresceu até às décadas de 1970 e 1980.

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