Europeus confiam mais em supermercados para partilhar dados pessoais
Quando se trata de partilhar os dados pessoais, os consumidores europeus confiam mais em cadeias de supermercados do que em instituições financeiras, em plataformas digitais ou em redes sociais, conclui o estudo “The consumer data give and take”, elaborado em parceria pela Deloitte e pela retalhista Ahold Delhaize.
Em alguns países, segundo a mesma fonte, a confiança nas cadeias de supermercado é superior à que os consumidores têm em governos ou instituições médicas. Apenas 30% dos entrevistados indicam que não estão dispostos a partilhar os seus dados.
“Os retalhistas têm hoje uma grande quantidade de dados à sua disposição e as principais cadeias estão a fazer um esforço no sentido de utilizar essa informação para benefício dos próprios consumidores, das suas organizações e dos seus parceiros. Estes indicadores podem representar uma enorme oportunidade para o setor do retalho que assume um papel determinante na vida dos consumidores”, comenta Duarte Galhardas, partner e líder de Consumer da Deloitte.
É entre os consumidores mais jovens, até aos 29 anos, e junto dos adeptos do comércio online que se verifica uma maior predisposição para partilhar dados pessoais. “Esta tendência pode indicar uma atitude mais relaxada em relação à partilha de informações pessoais entre os mais jovens e à medida que as compras online se tornam numa prática mais estabelecida”, indica o estudo.
E que dados estão os consumidores disponíveis para partilhar?
Entre 18 tipos de informações pessoais, a maioria dos consumidores está disposto a partilhar dados demográficos e informação sobre os produtos que compra e respetiva frequência de compra. “Quase 40% dos entrevistados estão dispostos a partilhar informações detalhadas sobre saúde, como alergias e frequência cardíaca, mas apenas 28% estão dispostos a partilhar dados de localização. A resistência mais forte está na partilha de informações financeiras, com dois terços dos entrevistados ‘nem um pouco dispostos’ a compartilhar as suas transações em contas bancárias”, acrescenta o estudo.