APED quer adiar cessação de banco de horas individual até 2021

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) está a defender o adiamento da cessação do regime de banco de horas individual até 2021. Esta posição é baseada nos “enormes e imprevistos impactos económicos e sociais da crise sanitária e ao ambiente de grande incerteza existente sobre uma nova vaga de Covid-19”, adianta a entidade em comunicado.

“Esta é uma medida que tem como objetivo continuar a assegurar uma gestão eficaz dos tempos de trabalho, num contexto de grave crise conjuntural que as empresas e os trabalhadores enfrentam e contribuir positivamente – sem sobrecarregar o orçamento de Estado – para a manutenção do emprego e da competitividade e sem perda de rendimento pelos trabalhadores”, adianta a APED.

A entidade, referindo-se à lei que determina a cessação dos regimes atuais de bancos de horas individuais a partir de 1 de outubro de 2020, refere que esta se tornou “completamente desenquadrada do contexto atual”.

Neste âmbito, os donos das cadeias de retalho alimentar estão a apelar ao executivo para que os bancos de horas possam cessar apenas a 31 de dezembro de 2021.  “No entendimento da APED, esta possibilidade traz cruciais benefícios quer para trabalhadores, quer para as empresas sendo o banco de horas um instrumento bastante apreciado pelos colaboradores, não tendo historicamente levantado qualquer tipo de conflito laboral” salienta a entidade.