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Contração da atividade económica continua de forma acentuada em junho

Por a 17 de Julho de 2020 as 12:39

FábricaA economia portuguesa continuou a sofrer uma contração intensa em junho, embora menos acentuada do que abril e maio, tendo os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico apresentado uma recuperação, segundo a Síntese Económica de Conjuntura publicada esta sexta-feira pelo INE.

“Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico prolongaram em junho a recuperação, já verificada no mês anterior, das fortes reduções observadas em abril”, sintetiza o INE.

De acordo com o INE, depois de uma recuperação já verificada em maio, os indicadores de confiança subiram em todos os setores de atividade económica, de forma mais intensa na indústria transformadora e nos serviços, havendo também uma recuperação no comércio e na construção e obras públicas. “No conjunto do segundo trimestre, estes quatro indicadores de natureza qualitativa referentes aos setores de atividade registaram saldos de respostas extremas muito negativos, a saber, pela mesma ordem: -31,7 (-6,1 no 1º trimestre), -52,9 (+2,7), -26,3 (+0,2) e -29,1 (-6,4)”, refere o documento.

Também a diminuição do montante de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e compras em terminais de pagamento na rede multibanco teve uma redução menor relativamente a maio, ainda assim significativa. Neste capítulo, o gabinete de estatística registou uma quebra de 14,6% em junho, em termos homólogos, quando em maio a descida foi de 26,6%. “No segundo trimestre este montante diminuiu 26,3% (-0,5% no 1º trimestre)”, acrescenta o INE.

Referindo-se ao Inquérito Rápido e Excecional às Empresas, promovido pelo INE e pelo Banco de Portugal, o documento dá conta que os resultados apontam para uma ténue melhoria da situação das empresas na segunda quinzena de junho. Numa comparação expectável sem a existência de pandemia, 66% das empresas referem que tiveram um impacto no volume de negócios, comparando com 68% da primeira quinzena de junho. Estes valores aumentam para 87% no alojamento e restauração e 80% nos transportes e armazenagem.

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