Jerónimo Martins marca referendo para banco de horas

A Jerónimo Martins vai realizar, entre 16 de julho e 3 de agosto, em todo o País, um referendo para a instituição de um regime de banco de horas grupal. A notícia é avançada pela Renascença, que cita um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), no qual este denuncia a situação como uma estratégia para ultrapassar o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT).

“Este referendo pretende implementar o regime de banco de horas grupal quando o mesmo não foi aceite por contratação colectiva. Aliás, relembre-se que o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) aplicável não é revisto desde 2016 exatamente porque os Sindicatos não aceitam a inclusão do regime de banco de horas grupal no CCT”, avança um comunicado do CESP, citado pela Renascença.

O documento indica que a companhia que detém o Pingo Doce “a partir de uma suposta consulta aos trabalhadores, ataca a Contratação Colectiva de Trabalho e a Democracia dentro do local de trabalho”.

O sindicato refere, no mesmo documento, não aceitar o banco de horas “por estes serem altamente penalizadores dos trabalhadores e suas famílias, pelo seu desgaste na saúde física e mental.”

O CESP vai mais longe e defende que o regime de banco de horas viola a Constituição. Esta consagra “o direito á organização do trabalho em condições socialmente dignificantes deforma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar”, refere o sindicato.