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APPC considera que proposta do PCP em relação às rendas pode levar à falência centros comerciais

Por a 29 de Junho de 2020 as 15:49

Almada ForumA Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) considera que a proposta do PCP, que pretende que os lojistas paguem apenas a componente variável das rendas, a ser aprovada, poderá colocar em risco a viabilidade e levar mesmo à falência os centros comerciais.

“Vivemos num contexto de grandes desafios, e os centros comerciais não estão imunes. Podem entrar em falência, destruindo milhares de empregos. Ainda este fim-de-semana, no Reino Unido, um dos maiores operadores de centros comerciais do país, a INTU, cuja dívida ascende a 5 mil milhões de euros, entrou em processo de insolvência. É necessário conhecimento, ponderação e equilíbrio nas medidas a tomar para que todos os envolvidos na cadeia de valor desta indústria possam recuperar a sua actividade de forma sustentável”, defende António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, acrescentando que o “sucesso dos centros é o sucesso dos seus lojistas e vice-versa”.

A entidade estima que 20% dos centros comerciais possam vir a ter dificuldades para manter a operação até final do ano. A APCC representa mais de 90% da área bruta locável em Portugal, integrando 8.600 lojas. Analisando a proposta dos comunistas, a associação refere que a proposta de lei, a ser colocada em prática, poderá conduzir ao encerramento de mais de 2.000 lojas, com uma perda de 25 mil postos de trabalho diretos e 50 mil indiretos.

O presidente da APCC coloca mesmo em causa a constitucionalidade da proposta, chamando ainda a atenção para os eventuais danos causados na captação de investimento estrangeiro, uma vez que considera que esta medida representa uma ingerência do Estado na relação contratual entre empresas privadas. “A proposta do PCP abriria um precedente gravíssimo. Desde 2015, seguradoras, fundos imobiliários e de pensão estrangeiros investiram em imobiliário comercial português 10,5 mil milhões de euros dos quais 2,7 mil milhões em centros comerciais. Isto comprova que esta indústria é um cluster de excelência no país, baseado num modelo de gestão que, há mais de 35 anos, beneficia os consumidores, os lojistas e os proprietários”, conclui.

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