AMMR aplaude proposta de alteração de rendas do PCP
Depois de a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APPC) vir criticar a proposta de lei do PCP, que prevê que os lojistas paguem apenas a componente variável das rendas, a Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMMR) vem aplaudir a medida, que considera ser uma forma de repartição de sacrifícios entre lojistas e centros comerciais em matéria de arrendamento.
“A defesa da recuperação económica portuguesa e a salvaguarda de emprego não têm cor política, pelo que é um excelente sinal que diferentes partidos venham agora apresentar as suas propostas para que não haja subsetores da economia que sejam privilegiados com a não aplicação de sacrifícios na maior crise económica do século”, salienta Miguel Pina Martins, presidente da AMMR. O PSD apresentou já medidas para modificação à lei das rendas dos grandes espaços comerciais.
“Apelamos agora aos restantes partidos políticos, e ao Governo, para não ignorarem o tsunami em curso e tomarem as suas posições ao apresentarem e implementarem propostas concretas”, acrescenta.
A proposta do PCP para o Orçamento Suplementar refere que será apenas devido aos “proprietários dos centros comerciais o pagamento da componente variável da renda, calculada sobre as vendas realizadas pelo lojista, mantendo-se ainda a responsabilidade, da parte dos lojistas, pelo pagamento de todas as despesas contratualmente acordadas, designadamente as referentes a despesas/encargos comuns”.
Por outro lado, a proposta salienta que os valores de renda mínima não serão devidos aos proprietários até 31 de março de 2021. O presidente da APCC alertou, também esta segunda-feira, que esta medida, a ser aprovada, poderá levar os centros comerciais à falência.