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Portos de Portugal continental com recuo de 4,1% de carga movimentada nos primeiros quatro meses do ano

Por a 15 de Junho de 2020 as 11:42

Porto-de-SinesOs portos de Portugal continental registaram uma diminuição homóloga de 4,1% no volume de carga movimentada, entre janeiro e abril, para 28,63 milhões de toneladas. Em abril, em pleno estado de emergência, a quebra foi de 5,3%, segundo dados revelados esta segunda-feira pala Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Com uma diminuição global de 1,23 milhões de toneladas de carga, o porto de Lisboa foi o grande responsável pelas perdas, totalizando um recuo de 900,3 mil toneladas, menos 24,7% face a igual período de 2019. Os estivadores do porto de Lisboa iniciaram uma greve em março, que teve repercussões na sua atividade.

Com Lisboa a registar as maiores perdas, os portos de Setúbal, Sines e Aveiro também sofreram recuos. Em Setúbal registou-se uma diminuição de 251,2 mil toneladas, enquanto Sines de 192,1 mil toneladas. Já em Aveiro, a carga movimentada diminuiu 21,4 mi toneladas. Em sentido contrário esteve o desempenho dos portos de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz e Faro que, no total, movimentaram mais 139,3 mil toneladas.

Por outro lado, comportamento do mercado do carvão afetou significativamente o desempenho nos portos nacionais. Este impacto foi sentido sobretudo em Sines, que registou uma quebra de 1,3 milhões de toneladas.  O que resulta do facto “de praticamente não haver produção de eletricidade nas centrais termoelétricas de Sines e do Pego, alimentadas por este combustível fóssil. Entre janeiro e abril de 2020, estas centrais registaram uma quebra de produção de -98,5% e de -74,2%, respetivamente, tendo em abril o registo de produção sido nulo”, assinala o relatório da AMT.

Já no que diz respeito à carga contentorizada, esta sofreu um recuo homólogo de 580 mil toneladas, um registo fortemente impactado pelo desempenho do porto de Lisboa.

Depois de dois anos sucessivos com uma quota de mercado abaixo dos 50%, o porto de Sines recuperou, em termos homólogos, 1,4 pontos percentuais para 50.8%. Seguem-se Leixões com 23%, Lisboa com 9,6%, Setúbal com 7,4%, Aveiro com 6,3%, Figueira da Foz com 2,3%, Viana do Castelo com 0,5% e Faro com 0,1%.

Em abril, o comportamento dos vários portos nacionais agravou-se, já que com as exceções de Sines e de Viana do Castelo, todos os restantes registaram quedas na carga movimentadas. Sines e Viana dos Castelo subiram 21,6% e 88,1%, respetivamente. Lisboa e Leixões registaram diminuições de 35,4% e de 30,2%, respetivamente.

No mesmo período, apesar do abrandamento da atividade económico, vários segmentos de mercado registaram subidas, como o de carga contentorizada (+14,1%), do petróleo bruto (+11%) e dos produtos agrícolas (+7,5%).

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