Economia portuguesa perde 331 milhões de euros devido a contrafação

A economia portuguesa poderá perder anualmente 331 milhões de devido à comercialização de produtos de contrafação, segundo estimativas de um relatório do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO).

Na união Europeia (EU), os estados-membros poderão, no total, perder 15 mil milhões de euros em receitas fiscais. “A contrafação não é um crime sem vítimas. Os produtos falsificados retiram vendas às empresas legítimas e privam os governos das receitas tão necessárias. Apresentam riscos claros para a saúde e a segurança de quem os utiliza. Mas como mostra o nosso trabalho conjunto com a Europol, os lucros da contrafação podem também apoiar formas graves de criminalidade organizada. Para resolver plenamente esta questão, é necessária uma ação internacional concertada a todos os níveis”, refere Christian Archambeau, diretor executivo do EUIPO.

O relatório produzido pela EUIPO analisa os setores de cosméticos e cuidados pessoais, de produtos farmacêuticos e vinhos e bebidas espirituosas. E, no total, registou-se uma perda de 19 mil milhões de euros em vendas na UE.

O setor que regista as perdas mais avultadas em vendas é o de cosméticos e cuidados pessoais. Para Portugal, estima-se que as perdas de vendas sejam de 192 milhões de euros. O mesmo sucede em toda a UE, onde os prejuízos  situam-se em 9,6 mil milhões de euros.

No setor farmacêutico, o relatório estima perdas, em vendas, de 89 milhões de euros em Portugal, chegando aos 6 mil milhões de euros na UE. Outro setor a sofrer perdas relevantes é o de vinhos e bebidas espirituosas. Em Portugal, o que se perde em vendas corresponde a 33 milhões de euros, enquanto na EU o valor situa-se em 2,3 mil milhões de euros.

Por último, o que Portugal sofre em vendas no setor de brinquedos e jogos ronda os 18 milhões, enquanto na UE esse valor é de mil milhões de euros.