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Lojistas sofrem recuo homólogo de 39% na primeira semana de junho

Por a 9 de Junho de 2020 as 16:12
Algarve Shopping

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A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) revelou esta terça-feira que as vendas dos lojistas na primeira semana da reabertura dos centros comerciais sofreram uma quebra de 39% face ao período homólogo de 2019.

“Apesar do enorme esforço dos lojistas em estarem abertos com ações diversas e promoções à custa das suas margens de vendas, podemos verificar que, ainda assim, estão com níveis de vendas muito reduzidos. A tendência nas próximas semanas é que esta situação seja agudizada, deixando muitos lojistas numa dura situação, pelo menos até setembro”, afirma Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, citado em comunicado.

Esta análise foi elaborada com base em dados recolhidos em mais de 2.040  que abriram a 1 de junho.  O estudo, para efeitos de comparação, não inclui os espaços comerciais da Área Metropolitana de Lisboa, cuja reabertura está agendada para 15 de junho, conforme confirmado esta terça-feira pelo primeiro-ministro.

Há lojistas que sofreram uma queda nas vendas homólogas muito acima do valor médio. Uma minoria de 13,4% dos lojistas de centros comerciais registou um recuo nas vendas superior a 70%, enquanto cerca de 24% das lojas dos centros comerciais registaram quebras entre os 50% e os 70%.

A maioria dos lojistas de centros comerciais registou um recuo homólogo nas vendas entre os 25% e os 50%. A média do recuo nas vendas homólogas dos lojistas que operam nos centros comerciais foi de 40,6 %.

O responsável deixa um apelo: “é urgente legislar a questão das rendas, pois a partir de julho termina a moratória para os lojistas que, com este cenário, não terão liquidez para fazer face aos custos. Será uma tempestade dramática, e corresponderá ainda ao fim do lay off e ao pagamento das rendas na totalidade, entre outros custos aos quais as vendas não serão suficientes para cobrir”.

O cenário não andou longe nos lojistas de rua, com mais de 18% a registaram uma quebra homóloga nas vendas acima dos 60%. Perto de metade dos lojistas registou uma descida entre 25% e 50%. A média de recuo de vendas nos lojistas de rua foi de 37,2%.

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