Grupo DIA reduz prejuízo para 146 milhões de euros no primeiro trimestre do ano

O grupo DIA reduziu o prejuízo no primeiro trimestre de 2020 para 146 milhões de euros, depois da redução dos custos face a igual período de 2019. A companhia de retalho reportou no primeiro trimestre do ano passado um resulto líquido negativo de 151,3 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), a companhia de retalho reportou um EBITDA de 60,7 milhões de euros, um aumento de 266,1% face aos 16,6 milhões de euros do período homólogo de 2019. Esta melhoria foi impulsionada pela redução dos custos de reestruturação em 91,7%

O EBITDA ajustado foi empurrado para terreno negativo, 500 mil euros, devido aos custos relacionados com a COVID-19. O dono do Minipreço teve de aumentar os custos com material de proteção dos colaboradores, o que produziu um aumento dos gastos de 6%. Nos primeiros três meses de 2019, o EBITDA ajustado da companhia situou-se em 11,8 milhões de euros.

As vendas líquidas desceram 2,1% para 1.696 milhões de euros, “apesar da redução de 11,7% no número de lojas e da depreciação de 18,6% do valor real brasileiro”. As vendas comparadas subiram 2,6%, o que se ficou a dever à transformação do negócio desde que o fundo LetterOne assumiu o controlo da companhia.

Por território, as vendas líquidas do grupo DIA subiram em todas as geografias, com exceção do Brasil, cujo desempenho foi afetado pelo encerramento de lojas não rentáveis e pelo impacto negativo das divisas. Em Portugal, o grupo registou vendas líquidas de 148,9 milhões de euros, mais 4,3% face ao período homólogo de 2019. Em território espanhol, as vendas líquidas cifraram-se em 1.059 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa um crescimento de 1,9% face a igual período de 2019. As vendas na Argentina subiram 5,6% para 235,8 milhões de euros. No Brasil, as receitas líquidas recuaram 23,1% para 251,5 milhões de euros.

A margem bruta desceu de 370 milhões  para 358 milhões de euros, em resultado do aumento dos custos logísticos  assentes na melhoria estratégica da oferta de produtos frescos. Os custos extraordinários resultantes da COVID-19 também fizeram reduzir a margem bruta.

O grupo DIA espera alcançar vendas líquidas entre 7 mil milhões e 7,5 mil milhões de euros em 2021 e entre 7,7 mil milhões e 8,3 mil milhões de euros em 2022.