Retalho especializado empurra volume de comércio a retalho para descida de 10,4% na UE
O volume do comércio a retalho caiu, em março, 10,4% na União Europeia (UE), face ao mês anterior, sendo que o crescimento em março, entre 2010 e 2019, atinge uma média de 0,3% na comparação em cadeia, segundo dados publicados esta quinta-feira pelo Eurostat.
“Para prevenir a difusão da pandemia da Covid-19, os estados-membros da EU tomaram uma ampla variedade de medidas restritivas. Entre outras limitações, as lojas não essenciais de retalho encerraram, afetando os volumes do comércio a retalho”, refere o documento do gabinete de estatística europeu.
Os produtos alimentares cresceram 4,7% em comparação com fevereiro, sendo a média de crescimento, entre 2010 e 2019, de 0,2%, também na comparação em cadeia. A maior queda é apresentada na área têxtil, com uma variação negativa de 40%. Quanto aos produtos não alimentares, o recuo foi de 21,3%. Os combustíveis também foram largamente afetados, com uma descida de 19,3%. Os computadores e livros desceram 16%, enquanto os bens elétricos e de mobiliário diminuíram o desempenho em 16,1%. Na área de cuidados de saúde, o volume de comércio a retalho cresceu 0,2%.
Tendo as mercearias, supermercados e farmácias mantido as portas abertas, o desempenho dos vários canais de venda foi claramente diferenciado. Os supermercados subiram, em março, o volume do comércio em 4,4%, em comparação com o mês anterior. Os centros comerciais e grandes armazéns sofreram uma descida de 17,8%. Quanto ao volume de comércio no online, este registou um crescimento de 2,2%.
Entre os estados-membros, os maiores crescimentos ocorreram no Luxemburgo (+20%), na Irlanda (+14%) e na Bélgica (+13%).
As maiores descidas ocorrerem na Bélgica (-60%), Espanha (-39%), Lituânia (-36%) e Alemanha (-30).