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Covid-19: Grande parte dos empresários considera medidas do Governo insuficientes

Por a 16 de Abril de 2020 as 13:10

corona-4901881_1280A maioria das empresas considera que as medidas implementadas pelo Governo para combater os efeitos adversos da pandemia Covid-19 na sua atividade são insuficientes, segundo o Barómetro Kaizen, que aplicou inquéritos a mais de 220 CEO e administradores de grandes e médias empresas.

“Por considerarem que estas medidas não estão a ser suficientes, os empresários com quem o Kaizen Institute colaborou indicaram várias iniciativas que consideram importantes e que gostariam que fossem implementadas. 40% dos inquiridos destacou questões como a isenção de comissões nas linhas de crédito disponibilizadas pelo Estado, a adoção do apoio financeiro às famílias ou a possibilidade de isenção de contribuições sociais a empregadores que optem por pagar acima dos valores previstos pela lei em caso de lay-off”, destaca António Costa, senior partner do Kaizen Institute Western Europe.

Segundo o estudo realizado pelo Kaizen Institute, o grau de confiança dos gestores na economia situa-se em 8,4 valores numa escala de 0 a 20. Este valor é inferior ao último barómetro, realizado em fevereiro, quando o nível de confiança dos empresários se encontrava nos 12,1 valores.

Metade dos empresários afirma que já ter recorrido a lay-off, tendo 43% a intenção ou recorrido à flexibilização no pagamento de impostos. As perspetivas também não são boas para os trabalhadores, uma vez que 55% das empresas já reduziram ou pretendem vir a reduzir postos de trabalho.

“Feito um mês desde que foi decretado o Estado de Emergência, as empresas já sentem consequências da conjuntura que vivemos. Muitas já tiveram de reduzir o número de trabalhadores e muitas outras procuram formas para se conseguirem adaptar da melhor forma possível a esta nova realidade”, explicou António Costa. A maioria dos empresários prevê que seja necessário um período entre seis e mais de 12 meses para retomar o nível de atividade pré Covid-19. A maioria das empresas (54%) tem pelo menos um quarto dos seus colaboradores em teletrabalho, realidade que na opinião dos empresários (57%) resulta numa menor eficiência e desempenho”, conclui o responsável.

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