Fnac garante que não irá criar banco de horas negativo
A Fnac garante que não irá criar um banco de horas negativo para os trabalhadores de armazéns, na sequência de uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) que apontava nesse sentido.
“Relativamente ao banco de horas com horas negativas, a Fnac não o fez nem irá fazer”, garante fonte oficial da empresa ao Hipersuper, acrescentando que a prioridade da mesma “é e será, sempre, assegurar o futuro dos seus colaboradores, tentando para isso encontrar soluções para minimizar o impacto que esta crise está, e ainda irá ter”.
O Cesp, que dá conta da situação num documento a que o Hipersuper teve acesso, avança que a “empresa tomou a decisão de que alguns trabalhadores do armazém fossem para casa e que essas horas ficam em negativo em banco de horas e, quando fossem chamados, os trabalhadores compensam essas horas”.
“Basicamente, a Fnac mandou alguns trabalhadores do armazém para casa para acumularem horas negativas, alegando a existência de um banco de horas que permite acumular horas negativas”, aponta o documento do sindicato.
A companhia de retalho especializado nega, alegando que, desde o início da pandemia de Covid-19, mostrou sempre preocupação “face aos efeitos nocivos da mesma tendo sempre agido de forma a garantir a segurança, a saúde e a estabilidade pessoal e profissional das suas centenas de colaboradores”, segundo declarações da mesma fonte.
A Fnac assegura ainda não estar a forçar férias aos colaboradores. “A empresa agirá sempre de acordo com a legislação em vigor. Dias referentes a 2019 que já se encontravam marcados e em gozo mantêm-se, e em relação a 2020 ainda não foi tomada qualquer decisão extraordinária”, esclarece fonte da empresa.
A Fnac Portugal recorreu ao lay-off simplificado para 91% dos 1.800 trabalhadores. A empresa avançou com a medida, justificando pretender “garantir os mais de 1.800 postos de trabalho permanentes”.