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Nielsen: Vendas no retalho alimentar desaceleram e categorias de bens essências continuam com forte crescimento

Por a 6 de Abril de 2020 as 15:47
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retalhoAs vendas nas cadeias de retalho alimentar cresceram 7% entre 16 e 22 de março, semana em que foi decretado de emergência, face ao período homólogo do ano anterior. Este aumento reflete uma desaceleração das vendas em relação à semana anterior, quando se registou um crescimento homólogo superior a 65%, segundo dados da Nielsen.

A partir de meados de março, as escolas portuguesas foram encerradas e foi decretado o estado de emergência, o que fez com que as famílias portuguesas ficassem confinadas em casa. Na semana anterior, depois do aumento dos casos confirmados com Covid-19, houve uma corrida aos supermercados.

Portugal segue a mesma tendência de contração do crescimento de outros países europeus, como a Espanha e a Itália, com um abrandamento para 12% e 17%, respetivamente, segundo a terceira edição do Barómetro semanal da Nielsen sobre o impacto da pandemia Covid-19 no consumo.

O  menor crescimento geral do consumo não foi, no entanto, linear, uma vez que algumas categorias continuam com elevadas taxas de crescimento nas vendas, sobretudo nas conservas, com um crescimento de 79%, e nos produtos básicos, os quais registaram um aumento de 68%. Nestas categorias, as maiores subidas ocorreram em Lisboa e em Setúbal, com subidas de mais de 89% e de 74% para conservas e de 75 e 65% para produtos básicos, respetivamente.

Registou-se ainda, neste período, um crescimento homólogo de 15% nos produtos para animais de estimação. Entre os produtos de higiene e para o lar, Portugal apresentou um crescimento homólogo de 75% das vendas de papel higiénico. Também lenços, rolos, guardanapos e acessórios de limpeza apresentaram crescimento.

Em sentido inverso encontram-se as vendas de produtos de maquilhagem (-54%), perfumes (-53%), produtos para calçado (-47%), ambientadores (-38%), cremes para pele (-33%) e produtos para barba (-22%). “Depois de passada esta fase em que os portugueses prepararam a vida para a quarentena, é natural que procurem agora tornar a vida em casa mais suportável. Haverá por isso alguns produtos menos essenciais que podem vir a apresentar crescimentos, como por exemplo algumas categorias de bebidas. Até mesmo alguns produtos de beleza poderão ter também um lugar de maior destaque em casa, nesta fase em que não podemos sair”, destaca Marta Teotónio Pereira, client consultant senior da Nielsen.

 

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