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Associação Comercial do Porto condena potencial cerco sanitário à cidade

Por a 31 de Março de 2020 as 15:06

Porto_Cushman_pressA Associação Comercial do Porto opõe-se “absolutamente” ao potencial cerco sanitário à cidade do Porto. Ao avançar, a medida trará à região “uma paralisação geral que a todos os títulos condenamos”, disse esta segunda-feira o presidente da associação, Nuno Botelho, em declarações à agência Lusa. 

Considerando a proposta um “exagero”, uma vez que revela “desconhecimento da situação no terreno”, o presidente defende que não se pode “afogar ainda mais a economia desta região do concelho do Porto e dos concelhos limítrofes, cortando os acessos de repente e de forma inopinada”.

Esta segunda-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse durante a habitual conferência de imprensa diária de acompanhamento à evolução do surto do Covid-19 que o Governo estaria a equacionar um cerco sanitário à cidade do Porto. 

Na sequência destas declarações, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, disse que a mesma não foi consultada sobre esta medida e que, se o cerco avançar, deixará de reconhecer autoridade à diretora-geral da Saúde.

O Ministério da Saúde revelou esta segunda-feira à noite ao jornal Público que “não tem neste momento qualquer proposta fundamentada” para um cerco sanitário ao Porto. Informação que foi esta terça-feira confirmada pelo secretário de Estado da Saúde,  em conferência de imprensa. António Lacerda Sales explicou que “neste momento, não faz qualquer sentido essa situação”. O Governo admitiu ainda que houve uma “duplicação” de números apresentados esta segunda-feira, incluindo o dos casos no Porto. 

Neste momento o concelho do Porto regista 462 casos confirmados de infeções com Covid-19, menos do que o concelho de Lisboa. Com 505 casos, este último é neste momento o concelho no País que apresenta mais casos.

Ainda assim, a região do Norte agrega neste momento mais de metade dos casos detetados no País. Do total nacional de 7.443 casos, 4.452 estão no Norte, com uma acumulação intensificada sobretudo nos concelhos do Porto e circundantes.

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