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Covid-19: Inditex avança com suspensão de contratos de trabalhadores em Espanha

Por a 19 de Março de 2020 as 22:00

zara_norteshoppingA Inditex está a avançar em Espanha com um processo de suspensão temporária de contratos (ERTE – Expediente de Regulación Temploral de Empleo), que irá afetar 37 mil empregados de loja, explica o jornal espanhol Cinco Días. Devido ao surto Covid-19, que obrigou ao encerramento temporário das lojas, estes colaboradores estão em casa desde o passado sábado, com licença remunerada, recebendo salário integral.

Esta semana, o presidente do grupo, Pablo Isla, disse em conferência que a empresa está a “analisar a situação [de pandemia] país por país” e que o grupo tomaria “decisões equilibradas sempre levando em consideração todos os elementos”, desde os trabalhadores aos fornecedores.

Em Espanha, fontes sindicais citadas pelo Cinco Días revelaram que a dona da Zara começou esta quarta-feira, 18 de março, a entrar em contacto com diferentes comités para transmitir as suas intenções de suspensão de contratos.

A medida entraria em vigor a 1 de abril e não abrange os funcionários dos armazéns logísticos, uma vez que a empresa continua a oferecer serviço online, assim como o envio de remessas para países onde as suas lojas mantêm-se em funcionamento.

As estruturas sindicais espanholas mostram, no entanto, preocupação com os termos para os trabalhadores sazonais, assim como para folgas e férias  dos trabalhadores, explica o título.

A Inditex detém 1.580 pontos de venda em Espanha, sob marcas como Zara, Stradivarius ou Bershka. Em Portugal as lojas do grupo encontram-se fechadas desde a passada quarta-feira.

Até ao momento, segundo o Cinco Días, a Inditex fechou as suas lojas em 39 países, dos 96 onde está presente opera. O que representa 40% de todo o seu parque de lojas.

Esta quarta-feira, 18 de março, o grupo apresentou os resultados relativos ao ano fiscal de 2019. O lucro fixou-se nos 3.639 milhões de euros, o que traduz um aumento de 6% face ao período homólogo transato.

As vendas da empresa fundada por Amancio Ortega subiram 8%, para os 28.286 milhões de euros, de 1 de fevereiro de 2019 até 31 de janeiro de 2020.

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