Exportações de mobiliário e colchoaria atingem recorde em 2019

As exportações do setor nacional de mobiliário e colchoaria atingiram em 2019 o valor “recorde” de 1,9 mil milhões de euros, anuncia a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa uma subida de 3,7% face ao ano transato.

A associação destaca que o crescimento foi sustentado pelos dois principais mercados externos do setor, nomeadamente, o francês (cujas vendas cifraram-se em 627 milhões de euros) e o espanhol (com vendas de 465 milhões de euros). O mercado francês absorve 34% do total de exportações de mobiliário e colchoaria e o espanhol 25%.

Além daqueles, a APIMA salienta a ascensão de “novos destinos importadores”, como o alemão, para o qual o volume de vendas subiu  38% em 2019, representando agora 7% da exportações. O mercado americano mostra também um significativo aumento de 28% e o belga de 29%.
Por segmentos de mercado, os assentos são o principal produto exportado pelas empresas nacionais, tendo ultrapassado os 902 milhões de euros em vendas e representado 49% do total de exportações. Destaca-se ainda a área de mobiliário de casa, que atingiu vendas de 763 milhões de euros em 2019 (41% do volume de exportações no ano transato).

Entre os produtos com maior crescimento, destaque ainda para a colchoaria, cujo volume de vendas aumentou 10% em relação a 2018, totalizando 156 milhões de euros.

As importações, por sua vez, ascenderam a 987 milhões de euros, permitindo assim um saldo positivo da balança comercial de 853 milhões de euros. A taxa de cobertura das importações pelas exportações neste setor foi, no ano de 2019, de 184%.

“A aposta das empresas portuguesas na inovação tecnológica, no design e na customização dos produtos” são as chaves para o crescimento deste setor, afirma Joaquim Carneiro, presidente da APIMA. Destaca ainda “o sucesso da estratégia de internacionalização, ancorada nos projetos conjuntos da APIMA e da AICEP, que permitiu a diversificação dos mercados e o crescimento em países particularmente desafiantes, como a Suíça e a Bélgica”.