Empresários nacionais estimam que nível das exportações não abrandará em 2020

A maioria dos empresários portugueses está confiante que o nível das exportações irá manter-se ou até subir em 2020. Mais de metade (52%) estima atingir valores semelhantes aos de 2019, estando 20% à espera que o valor das exportações possa subir acima de 10%.

Das 200 empresas auscultadas pelo Barómetro Kaizen 2020, amostra representativa de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), só 5% dos empresários consideram que o ritmo das exportações vai diminuir em 2019.

Em termos de desemprenho, o estudo indica que 31% das empresas ficaram aquém dos objetivos traçados, enquanto que 26% dos empresários admitem que o planeamento e a implementação da estratégia da empresa é “pouco robusto” e com “baixa taxa de concretização”. No entanto, apenas 10% das empresas estimam uma tendência de diminuição do EBITDA.

“Os resultados desta edição do Barómetro mostram que a confiança dos empresários em relação à economia nacional abrandou ligeiramente nos últimos seis meses – de 12,4 para 12, numa escala de 0 a 20 – e que, apesar de a percentagem dos que cumpriram ou ultrapassaram os seus objetivos de negócio ser elevada, há muitas empresas que ficaram aquém do que se propuseram”, refere realça António Costa, senior partner do Kaizen Institute Western Europe.

O abrandamento da economia mundial é considerado por 65% dos empresários um dos fatores externos que condicionaram a competitividade das empresas em 2019. Também a guerra comercial entre os EUA e a China é considerada por 29% dos gestores nacionais como um entrave à competitividade. “Na verdade, no contexto volátil em que hoje vivemos, mesmo as que cumpriram os seus objetivos devem manter-se atentas. Apenas as que forem capazes de se antecipar, de otimizar os seus processos de forma proativa e contínua, conseguirão alcançar o sucesso”, sublinha António Costa.

O estudo assinala ainda que para a maioria dos gestores (66%) o investimento na digitalização das empresas teve um impacto moderado nos seus resultados. Apenas 13% das empresas consultadas consideram que a digitalização está entre os principais fatores que contribuíram para a melhoria do seu desempenho.