Análise: seis mercados emergentes onde apostar tendo em conta instabilidade económica mundial
São países que registam crescimentos em termos de PIB, sustentados pelo consumo privado e por investimentos fixos, além de apresentarem uma “suficiência de reservas externas, com taxas de câmbio flexíveis e estabilidade institucional”
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Em 2020, num cenário de incertezas, dada a possibilidade de novas tensões comerciais entre os EUA e a China ou um não-acordo entre o Reino Unido e a União Europeia, os mercados emergentes Brasil, Colômbia, Cazaquistão, Emirados Árabes Unidos, Senegal e Vietname elevam-se como apostas mais seguras para empresas exportadoras e de produção industrial.
A avaliação é da Crédito y Caución, que explica que estes são países que registam crescimentos em termos de PIB, sustentados pelo consumo privado e por investimentos fixos, além de apresentarem uma “suficiência de reservas externas, com taxas de câmbio flexíveis e estabilidade institucional”.
“Embora alguns dos países mencionados não sejam os mercados de crescimento mais rápido, são aqueles que apresentam um crescimento estável ou acelerado, a par de condições comerciais favoráveis e de oportunidades de crescimento em vários setores”, salienta a seguradora de crédito.
No Brasil, “as reformas da administração deram um impulso à confiança das empresas e a procura interna também se está a fortalecer com o aumento do poder de compra dos consumidores”.
Na Colômbia, o “ambicioso” programa de infraestruturas “continuará a ser a base do investimento público, enquanto o investimento privado estará amparado pela candidatura à OCDE, pela redução do imposto sobre as empresas e pelas taxas de juros”. O consumo privado, por sua vez, apoia-se num “sólido crescimento dos rendimentos e numa inflação controlada”.
Na Ásia central, o Cazaquistão apresenta perspetivas “favoráveis para 2020, com um crescimento acelerado e uma moeda relativamente estável”. Assiste-se neste país a um investimento na diversificação económica e na melhoria das infraestruturas.
Nos Emirados Árabes Unidos, prevê-se que a contribuição do petróleo para o PIB diminua dos atuais 26% para 20% em 2021. Além disso, a realização da Expo 2020 “impulsionará a chegada de turistas e os projetos de grande dimensão atrairão o investimento estrangeiro direto”, destaca a seguradora.
Já no Senegal, a expansão económica apoia-se nos investimentos em infraestruturas e no aumento da produção industrial e agrícola. “A segunda fase do Plano Senegal (2019-23) inclui reformas para apoiar o investimento privado e aumentar a diversificação económica do país”.
Por fim, o Vietname é “uma das economias do sudeste asiático com maior taxa de crescimento, apoiado na solidez das exportações e da produção industrial”, onde os baixos custos da mão de obra e a existência de zonas económicas especiais reforçam as oportunidades de investimento para empresas estrangeiras.