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SEL investe 1,5 milhões de euros em unidade de fatiados

Por a 5 de Fevereiro de 2020 as 9:52

28303A empresa vai começar a comercializar presunto fatiado e charcutaria tradicional fatiada. As exportações ainda não valem 10% da faturação. Mas o objetivo a médio prazo é chegar aos 20%

A SEL – Salsicharia Estremocense está a investir 1,5 milhões de euros numa unidade de fatiados, que ficará localizada junto às instalações da empresa. “Estamos já a terminar e, em meados de março de 2020, já estaremos a trabalhar fatiados. Trata-se de charcutaria tradicional fatiada que não se encontra no mercado e os consumidores vão começar a encontrar”, adiantou Mário Arvana, diretor de marketing da empresa, ao Hipersuper.

Esta unidade, com uma capacidade de produção de 15 toneladas por semana, produzirá presunto fatiado e charcutaria tradicional fatiada. “Queremos crescer na gama dos fatiados e apresentar ao consumidor um produto de qualidade fatiado”, refere o responsável. A empresa está ainda a evoluir nas câmaras de secagem, tendo investido 500 mil euros.

O negócio da SEL está focado nos enchidos e nos presuntos de porco preto. Em tempos, a empresa de Estremoz chegou a vender novilho, mas teve de recuar face à concorrência. “Abandonámos porque queríamos fazer um produto selecionado, de uma determinada maneira, e reparámos que havia, no mercado, um produto bem mais económico que comunicava da mesma forma do que nós. Assim, não tivemos mais interesse em avançar com esse produto”, explica.

Este contratempo não esconde, no entanto, o sucesso que a SEL está a alcançar com os produtos varanegra. O presunto varanegra, lançado em 2016, já obteve nove medalhas e as vendas “têm evoluído bastante bem”, assegura o responsável. “Tem sido complicado, em termos de concorrência, com os nossos vizinhos espanhóis, mas temos conseguido evoluir, conseguido mostrar aos portugueses que não são apenas os espanhóis que sabem fazer bom presunto. Os portugueses também sabem fazer. E estamos cá para provar isso”, explica.

Além de presunto, o chouriço de carne é outro dos produtos que constituem a gama varanegra. Ambos os produtos têm os métodos de produção dos antepassados. “Só com tempero de carne e depois tempo a curar”, indica. “Vamos a pouco e pouco lançando esta linha de produtos, que é cada vez está a ser procurada. Podemos chamá-los biológicos sem ser biológicos, porque não têm a certificação, mas acabam por ser o mesmo que os biológicos”, acrescenta o diretor de marketing da SEL.

Com este posicionamento, os produtos da gama são comercializados em lojas e supermercados mais especializados, sendo o presunto mais vendido na hotelaria.

Os restantes produtos da SEL, quer de porco branco, quer de porco preto, são vendidos em grandes superfícies, como o Continente, o Pingo Doce, a Auchan, o Aldi. “O objetivo é trabalhar com todos”, diz Mário Arvana.

A evolução da faturação da empresa indica que o negócio está a correr bem. A SEL terminou 2018 com uma faturação de 11 milhões de euros. E em 2019, o diretor de marketing adianta que a faturação ultrapassar os 12 milhões de euros. “Estamos a crescer 5%”, revela.

A empresa, para subir mais a faturação, tem a ambição de crescer ainda mais nos mercados externos. Neste momento, a SEL exporta para dez países, nomeadamente França, Luxemburgo, Suíça, Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Macau. “Tentamos ir para os países onde existe maior comunidade portuguesa. Mas o grande objetivo é tentar vender charcutaria nacional portuguesa alentejana aos nativos dos próprios países. Esse é o principal objetivo”, aponta.

As exportações, atualmente, não atingem ainda os 10% da faturação da SEL. “O nosso objetivo é chegar aos 20%, em 2022. Temos trabalhado para isso. E vamos ver se conseguimos. Em princípio, sim”, diz Mário Arvana. A estratégia fora de Portugal passa por consolidar nos mercados onde os produtos da empresa estão presentes. “Nesses mercados temos de tentar explorar outros públicos. Basicamente acaba sempre por ser esse o objetivo e o de alcançar outros mercados”, adianta o diretor de marketing.

A empresa está a finalizar a abertura no Brasil e já está habilitada para exportar para a Coreia do Sul. “É uma questão de tempo para começar a enviar para lá produtos”, conclui.

 

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