As tendências para o mercado imobiliário comercial e de logística em 2020
As rendas nos centros comerciais e nos retail parks vão estabilizar em 2020, ao contrário dos espaços de rua, que continuaram a encarecer

Ana Catarina Monteiro
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As rendas nos centros comerciais e nos retail parks vão estabilizar em 2020, ao contrário das do comércio de rua, que continuaram a encarecer. Por outro lado, na logística, assiste-se este ano à recuperação de fábricas para satisfazer uma maior procura de armazéns de pequena dimensão. Estas são algumas da previsões da CBRE, que apresentou esta quinta feira as Tendências do Mercado Imobiliário para 2020, numa conferência promovida no Cineteatro Capitólio, em Lisboa.
Conduzido por um crescimento de 10% do comércio online em 2020, o mercado imobiliário destinado ao comércio vai diversificar-se este ano. A consultora imobiliária antecipa que retalhistas online, “pure players”, irão testar espaços físicos como “lojas pop up”, marcando um aumento dos conceitos omnichannel. O que também potenciará uma “diversificação do mix de usos do centro comercial, cada vez mais um centro de experiências e ponto de encontro”.
“Em matéria de comércio de rua, a reabilitação de edifícios continua a proporcionar novas aberturas de lojas nos centros históricos”. Com esta atividade, as rendas no comércio de rua devem crescer face 2019 “na ordem dos 4% na Rua Garrett, 8% na Rua de Santa Catarina e os Aliados, a artéria de maior prestígio na cidade invicta, atinge o crescimento de 9% das suas rendas”, dá conta a CBRE em comunicado.
Para as atividades logísticas, “em 2020 tudo indica que vai arrancar a construção especulativa”, lê-se no documento. Estima-se uma vaga de reabilitação de fábricas “próximas dos grandes centros urbanos”, dando resposta à procura de armazéns de pequena dimensão, numa adequação às necessidades de capilaridade para operação em meios urbanos.
“Regista-se ainda um aumento da absorção via pré-arrendamentos de mais de 200 mil metros quadrados e destaque para o aumento de 7% da renda prime na Azambuja, que aumenta para os quatro euros por metro quadrado”.
O estudo foi desenvolvido pelo departamento de Research da CBRE Portugal e apresentado no evento que juntou 300 empresários e investidores, assim como o ecossistema do imobiliário nacional e internacional.
Segundo Francisco Horta e Costa, diretor-geral da consultora para Portugal, “existe uma procura sustentada e saudável por parte dos investidores que é transversal aos diferentes setores e que vai permitir que se desenvolvam e transacionem vários projetos, desde os escritórios ao residencial, passando pela hotelaria e pelos novos conceitos de living, mobilizando cerca de três mil milhões de euros em imobiliário de rendimento só no ano de 2020”.
Cristina Arouca, diretora de research da CBRE Portugal, reforça, afirmando que “não faltarão investidores em 2020 para imobiliário de rendimento em todos os setores, mantendo-se a pressão em baixa das taxas de rentabilidade (yields) em virtude de um contexto continuado de baixas taxas de juro. Verificamos elevado apetite por parte de investidores, nacionais e estrangeiros, em produtos de habitação alternativos, nomeante habitação para arrendamento, residências sénior e residências de estudantes, quer numa fase de desenvolvimento quer como ativos de rendimento”.