Cadeia premium Sanchez Romero estuda possibilidade de entrar em Portugal

A cadeia de supermercados espanhola Sanchez Romero está a analisar a possibilidade de entrar, a médio prazo, no mercado português, disse fonte da empresa ao Hipersuper.

Expandir a cadeia premium além da comunidade regional de Madrid e a outros países da Europa estão entre os planos de crescimento da insígnia, revelou o presidente executivo Enric Ezquerra, em entrevista ao CincoDías, indicando que a empresa tem acumuladas propostas para levar a marca para fora do país vizinho.

“Como acontece em Espanha, não há muitas cadeias de estabelecimentos [com conceitos] parecidos. Às vezes associam-nos à Whole Foods, mas com uma particularidade europeia, onde tudo é mais reduzido. A oportunidade existe e seriam projetos a desenvolver a médio e longo prazo”, explicou o presidente executivo.

Para já, Portugal é uma das possibilidades em análise, no entanto, seria uma expansão “a médio prazo”, explica fonte da empresa, ressalvando que ainda “não estão identificadas as possíveis cidades europeias” para este alargamento.

Em 2017, sob a liderança de Enric Ezquerra, um grupo de investidores tomou conta de 100% do capital da Sanchez Romero, até aí dominada pelo grupo catalão Condis.

Nesse mesmo ano foi definido um plano de modernização da cadeia, assente na transformação das lojas existentes e abertura de novos espaços, com o objetivo de chegar às 14 lojas em cinco anos.

Segundo o presidente, as previsões foram agora revistas e a empresa esticou a meta a fim de alcançar “entre 16 a 20 lojas” no mesmo horizonte temporal. Neste momento existem 11 lojas Sanchez Romero, posicionadas na região de Madrid.

O plano foi atualizado, uma vez que a empresa está “a melhorar a faturação a dois dígitos, o potencial de crescimento é cada vez maior e têm-nos apresentados muitas oportunidades”, disse o presidente, em dezembro, em declarações à publicação espanhola.

A Sanchez Romero prevê superar os 40 milhões de euros em vendas no ano fiscal que termina no final deste mês (31 de janeiro), um valor que representa uma subida de 10% face ao último ano.

Entre os planos futuros da cadeia de supermercados premium, considerada a mais cara em Espanha, está também a entrada de novos investidores no seu capital (está neste momento à procura) e o desenvolvimento dos produtos de marca própria, que atualmente abrange apenas “gaspacho, sandwiches e saladas para levar”.