Setor de retalho regista maior número de encerramentos de empresas no último ano
Com um total de 2.809 entidades a cessarem atividade
Ana Catarina Monteiro
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O retalho, “um dos setores com maior número de empresas em Portugal”, foi o setor que registou um maior número de encerramentos durante os últimos 12 meses, com um total de 2.809 entidades a cessarem atividade, de acordo com um relatório divulgado pela empresa de estudos de mercado Informa D&B.
Ainda assim, o valor corresponde a uma diminuição de 10,8% nos encerramentos de empresas de retalho, face ao período homólogo anterior.
Nos últimos 12 meses, mais concretamente entre 30 de novembro de 2018 e 30 de novembro deste ano, surgiram 49.395 empresas em Portugal, 196 por dia. O que representa um crescimento de 9,6% face aos 12 meses transatos. Por outros termos, abriram 2,9 novas empresas por cada uma que encerrou.
O setor dos transporte foi o que mais cresceu em termos de novas empresas, com 4.257 constituições, mais 109,7% face ao período homólogo anterior. Por outro lado, a maior queda diz respeito às empresas do setor imobiliário, com 5.029 constituições, que traduzem uma queda de 6,1%.
No geral, os serviços empresariais (de apoio às empresas, como atividades de recursos humanos, manutenção e aluguer) registam um maior número de surgimentos face aos serviços gerais (saúde, desporto, turismo, educação e cultura, entre outros). No período de referência, Portugal regista 7.710 novas empresas de serviços empresariais, um aumento de 6,2%.
O relatório indica ainda que o distrito de Lisboa absorve um terço das novas empresas, com 16.710 novos negócios a surgirem no período em análise. Em segundo lugar, o distrito do Porto, por sua vez, regista 9.018 constituições. Braga, Aveiro e Setúbal cresceram acima da média, reunindo no seu conjunto quase dez mil novas empresas, destaca o relatório.
Os encerramentos desceram 10,7% face ao período homólogo. Fecharam 16.792 empresas nos últimos 12 meses em Portugal. No ano anterior, 18.804 empresas cessaram atividades.
Os processos de insolvência desceram 6,6% nos últimos 12 meses. “Este abrandamento da descida das novas insolvências deve-se ao setor das indústrias, que registou mais 19,3% de novas insolvências face aos 12 meses anteriores, sobretudo nas empresas têxteis e metalúrgicas”, explica a consultora.