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Comércio é setor com menos intenções de contratar no início de 2020

Por a 10 de Dezembro de 2019 as 20:50

empregos-2-210.jpgAs empresas portuguesas mostram uma maior intenção de contratar, durante o primeiro trimestre de 2020. Mas as companhias de comércio a retalho e por grosso, especificamente, estão em contraciclo.

Segundo um inquérito realizado pela empresa de recursos humanos ManpowerGroup a 626 empresas, a criação líquida de emprego deve aumentar 10% nos primeiros três meses do ano. O valor, que resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia contratar e a que planeia reduzir número de colaboradores, aumentou “ligeiramente” face às intenções demonstradas no período homólogo de 2019.

Apesar de a maioria dos nove setores analisados verificarem esta tendência, os setores do comércio grossista e retalhista esperam um ritmo “mais fraco” nas contratações, face ao primeiro trimestre de 2019. A projeção para a criação líquida de emprego nestes setores é de 5% (a mesma que para a função pública), traduzindo uma diminuição de quatro pontos percentuais, em relação ao quarto trimestre de 2019.

No contexto europeu, Portugal surge como o quarto País com a mais alta projeção para a criação líquida de emprego no primeiro trimestre de 2020.

Do total das empresas analisadas, 15% dos empregadores portugueses antecipa um aumento nas contratações, entre janeiro e março, enquanto 76% não prevê alterações e apenas 5% dos empregadores antevê uma queda. 

Estima-se que o setor das finanças, seguros, imobiliário e serviços seja o mais dinâmico, já que mostra intenção de aumentar a criação líquida de postos de trabalho em 17%, uma previsão quatro pontos percentuais acima da prevista para o primeiro trimestre de 2019, dá conta o estudo.

Um pouco mais abaixo fica o setor da restauração e hotelaria, com uma projeção de aumento de 16%, o que representa uma subida de 12 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2019. 

Do mesmo modo, no setor dos transportes, logística e comunicações, os empregadores fixam em 12% as perspetivas para a criação de emprego. 

Destaca-se ainda o setor industrial que, com uma projeção de +8%, mostra uma subida de dez pontos percentuais, face ao último trimestre de 2019, e de quatro pontos, relativamente aos primeiros meses de 2019.

Em termos geográficos, a região Centro apresenta as melhores perspetivas para o próximo trimestre, com uma projeção de +11% nas intenções de contratação, um valor que se mantém inalterado em relação ao período homólogo.

Na área da Grande Lisboa, os empregadores reportam também uma projeção de 11% para a criação líquida de emprego no início de 2020 e na região Norte a projeção é de +10%. Já a região Sul apresenta a previsão mais moderada, com uma projeção de +4%. 

As principais impulsionadoras do crescimento do emprego deverão ser as médias empresas, que antecipam um aumento de 26%, mais dez pontos percentuais em relação ao último trimestre deste ano.

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