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Sindicato manifesta-se contra proposta da APED para revisão dos salários

Por a 28 de Novembro de 2019 as 17:35

armazemO Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) convocou para esta tarde, de 28 de novembro, uma concentração em frente à sede da APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição), num manifesto contra a proposta apresentada pelas empresas da distribuição, de fixação do salário dos trabalhadores especializados (tabela B) em 635,56 euros, a partir de dezembro.

Para os restantes trabalhadores, como os operadores de armazém, propõe-se um valor mais baixo, de 600 euros, correspondente ao salário mínimo nacional. Este grupo “representa 80%” de todos os trabalhadores implicados na distribuição, explica fonte do sindicato, ao Hipersuper.

O sindicato considera “provocatória” a proposta da APED, apresentada em reunião de conciliação, realizada em outubro, tendo ocorrido um segundo encontro já em novembro. “Após 38 meses de negociações entre as duas partes”, a associação “sugere um aumento de 11 cêntimos por dia nos salários”, explica a mesma fonte.

A revisão dos salários tem vindo a ser negociada desde setembro de 2016 entre a associação e o CESP. Há dois anos que as reuniões realizam-se na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.

O órgão sindical aprovou uma nova resolução, que será apresentada à APED e a cada um dos seus membros, defendendo um aumento de 90 euros por mês (três euros por dia), dos salários a partir de 1 de janeiro de 2020, assim como “a valorização da carreira profissional e da especialização de todos os trabalhadores”, e a “equiparação da carreira profissional dos operadores de armazém à carreira profissional existente para os operadores de supermercado”, explica em nota de imprensa.

“Queremos na concentração de hoje manifestar que associação terá a oportunidade de alterar a proposta na próxima reunião, agendada para 9 de dezembro”, refere a fonte sindical.

O CESP explica ainda que a associação pretende também “introduzir regime de banco de horas no CCT”, com a previsão “de 180 horas de trabalho anual gratuitas”. O que considera “inaceitável”.

Os salários dos trabalhadores da distribuição “não são revistos desde 2016”.

Até ao momento desta publicação, o Hipersuper não conseguiu obter declarações da APED sobre o assunto.

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