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Sindicato acusa Jerónimo Martins de “fomentar clima de intimidação”

Por a 21 de Novembro de 2019 as 11:16

pingo_doce_maioO Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP) voltou a acusar a Jerónimo Martins de “fomentar um clima de intimidação” nas lojas Pingo Doce, criando um “ambiente de pressão e medo que pesa sobre os trabalhadores da empresa”, explica o CESP numa nota à imprensa, emitida esta manhã.

Na passada segunda-feira, o sindicato denunciou, através de uma publicação no site da CGTP, a humilhação de uma operadora de caixa da loja Pingo Doce da Bela Vista, em Lisboa, que alegadamente acabou por se urinar no posto de trabalho, ao ser impedida pela responsável de loja de sair do local de trabalho, depois de  “vários pedidos” para ser substituída.

A Jerónimo Martins, contactada pelo Hipersuper, emitiu entretanto uma declaração em que diz não encontrar “qualquer fundamento para esta denúncia”.

“Após termos conhecimento do relato desta situação, o Pingo Doce procurou apurar os factos junto da equipa de loja, não existindo conhecimento deste caso, nem pelas chefias, nem pelos restantes colaboradores”, dá conta o grupo, garantindo que a empresa dá aos seus colaboradores “tempo de pausa extra durante a jornada de trabalho”, além dos intervalos que são obrigatórios por lei, e que “qualquer colaborador que necessite de se ausentar por motivos de força maior, tem sempre essa possibilidade, informando previamente a sua chefia”.

Em resposta, o sindicato voltou a remeter para a pressão exercida sobre os funcionários, motivo pelo qual o grupo não consegue apurar o sucedido na loja da Bela Vista, e exige à Jerónimo Martins que tome medidas perante a gravidade da situação.

Com base nas “várias queixas” que tem recebido, “de episódios igualmente lamentáveis um pouco por todo o País”, o sindicato explica que “é a própria empresa a fomentar este clima de intimidação”.

“O medo de represálias e retaliações (“transfiro-te de loja, levas um processo disciplinar, mudo-te de secção, mudo-te o horário para o fecho”), em muitas situações os trabalhadores que protestam são chamados a uma sala sozinhos com três e quatro chefias e são pressionados. É isto que inibe os trabalhadores de exercerem os seus direitos”, explica o sindicato, no comunicado.

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