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Grupo DIA acumula perdas de 504 milhões de euros até setembro

Em Portugal, as vendas brutas sob insígnia desceram 6,4% para 579,8 milhões de euros.

Filipe Pacheco
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Grupo DIA acumula perdas de 504 milhões de euros até setembro

Em Portugal, as vendas brutas sob insígnia desceram 6,4% para 579,8 milhões de euros.

Filipe Pacheco
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Minipreço FamilyAs contas do grupo DIA continuam no vermelho, com a cadeia de retalho a acumular 504 milhões de euros de prejuízo nos primeiros nove meses do ano. Em 2018, acumulados os meses de janeiro a setembro, a companhia apresentou um prejuízo de 45,8 milhões de euros. E, nos primeiros seis meses de 2019, as perdas registadas foram 418,7 milhões de euros.

A companhia, em comunicado enviado ao regulador dos mercados em Espanha (Comissão Nacional do Mercado de Valores), justifica estes resultados com o ambiente de incerteza vivido em grande parte do primeiro semestre, que teve “um impacto muito negativo nas receitas da sociedade e resultou em resultados especialmente negativos” nos primeiros seis meses de 2019.

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Um dos pontos nomeados para demonstrar o ambiente complexo experienciado pelo grupo e a consequente deterioração das vendas está relacionado com a incerteza vivida em relação ao resultado da OPA lançada pela LetterOne, que, caso não concretizada, poderia conduzir à não salvação do grupo.

O grupo DIA, porém, assinala que estes resultados também foram causados por algumas medidas tomadas pela nova administração, que têm o intuito de “estabelecer uma base de negócio realista, sólida e saudável”.

O processo de despedimento coletivo em Espanha e a redução de colaboradores no Brasil é uma dessas medidas. A nova administração encerou ainda 757 lojas deficitárias, 94 delas no terceiro trimestre do ano. Houve ainda uma reconversão das franquias, que afetou 309 lojas, 87 delas no terceiro trimestre. A atual gestão da companhia estabeleceu ainda como meta a otimização do sortido comercial, reduzindo o número de referências.

Vendas caem 7,4%
As vendas líquidas sofreram assim, na comparação homóloga, uma quebra de 7,4% para 5,08 mil milhões de euros. As vendas comparáveis desceram 8,1%, em comparação com os 3,6% negativos do período homólogo do ano anterior.

O declínio das vendas, segundo assinala o documento do grupo DIA, tem como causa os “elevados níveis de falta de stock” nas lojas e nos armazéns. Esta deterioração resultou “do complexo contexto de negócio sofrido” no primeiro semestre do ano.

As vendas brutas sob insígnia fixaram-se em 6,33 mil milhões de euros, recuando 18,2% em relação ao período homólogo do ano anterior. Em Portugal, as vendas brutas sob insígnia desceram 6,4% para 579,8 milhões de euros.

Sobre o autorFilipe Pacheco

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Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

Num cenário cada vez mais orientado pela inteligência artificial (IA) e pela análise de dados, as empresas enfrentam o desafio de tirar partido destas ferramentas de forma eficaz e estratégica. Segundo um estudo recente da McKinsey, 72% das organizações afirmaram ter adotado pelo menos uma tecnologia de IA, mas apenas 25% conseguiram alcançar um impacto significativo nos seus resultados. Adicionalmente, a Gartner prevê que, em 2025, 90% das estratégias empresariais incluirão dados e análises como ativos essenciais.
Para superar este desafio, a Stratesys aposta numa abordagem que combina inovação tecnológica e visão estratégica. De acordo com Beatriz Fernández Alonso, Customer Associate Director da Stratesys, “a inteligência artificial e a análise de dados não devem ser apenas ferramentas operacionais, mas sim motores de inovação e crescimento”.
A integração eficaz da IA e da análise de dados não se limita a uma escolha entre uma abordagem tecnológica ou empresarial, mas requer a fusão de ambas. Este equilíbrio permite criar soluções que maximizam o valor estratégico e asseguram a viabilidade técnica a longo prazo.

A IA como motor de transformação
A inteligência artificial (IA) está a consolidar-se como a tecnologia dominante da próxima década, transformando profundamente a forma como vivemos e trabalhamos. O impacto é global. De acordo com o Bosch Tech Compass deste ano, que envolveu mais de 11.000 inquiridos em países como Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, as competências em IA são consideradas essenciais, tanto a nível profissional como pessoal.
Nos últimos quatro anos, verificou-se um aumento expressivo na perceção da importância da IA: a percentagem de pessoas que acreditam que esta tecnologia será determinante na próxima década subiu de 40% para 67%. Na Alemanha, o otimismo em relação ao potencial da IA é ainda mais acentuado, com 72% dos inquiridos a reconhecerem o impacto desta tecnologia, face a 42% registados há apenas dois anos. Noutros países como França (70%), China (69%) e Estados Unidos (68%), os resultados são igualmente elevados.
A crescente relevância da IA está a impulsionar uma maior procura por competências específicas. Segundo o estudo, 71% dos inquiridos acreditam que as competências em IA serão “importantes” ou “muito importantes” no futuro. Na China, 91% das pessoas partilham esta visão, seguidas pela Índia (89%), enquanto nos países ocidentais as percentagens variam entre 56% e 64%.
No contexto profissional, mais de metade das pessoas a nível global já utilizam IA no trabalho, embora este número seja substancialmente mais baixo na Alemanha (45%), em contraste com a China e a Índia (69%). Contudo, a formação em IA ainda é limitada: apenas 25% dos inquiridos afirmaram já ter recebido algum tipo de formação nesta área. Na Índia (57%) e na China (38%), os números são mais elevados, mas em países como Brasil (14%) e França (15%), a percentagem é consideravelmente baixa.
Embora 43% dos inquiridos acreditem que a IA terá um impacto positivo na sociedade, a perceção varia consoante a região. A China lidera o otimismo com 66% dos inquiridos a expressarem uma visão positiva, seguida pelo Reino Unido (53%) e pelos Estados Unidos (41%). No entanto, há preocupações em relação à segurança do emprego. Globalmente, 49% dos inquiridos consideram-se em risco devido à IA, enquanto 51% acreditam que o seu trabalho não será afetado. Estes dados refletem uma divisão significativa sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho.

Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal

“No Burger King olhamos sempre para o futuro”
No setor do retalho, a inteligência artificial (IA) tem-se afirmado como uma ferramenta crucial para personalizar a experiência do cliente e promover práticas mais sustentáveis. O Burger King é um exemplo de como a IA está a ser integrada para melhorar operações e fortalecer a relação com os consumidores, mantendo sempre a essência da marca.
De acordo com Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal, a marca tem vindo a apostar na tecnologia como parte da sua estratégia de evolução e crescimento. “No Burger King olhamos sempre para o futuro para continuar a crescer e a evoluir, o que inevitavelmente passa por estudar as possibilidades oferecidas pela IA. Implementamos continuamente melhorias e atualizações tanto a nível operacional como na forma como nos relacionamos com clientes, tendo sempre como objetivo oferecer-lhes o melhor serviço e a melhor experiência”, afirma em declarações ao Hipersuper.
A empresa tem investido em ferramentas como a app e as redes sociais, que se tornaram canais fundamentais para compreender o perfil dos clientes e oferecer experiências personalizadas. Estas plataformas, suportadas por tecnologias inteligentes, permitem à marca adaptar os seus serviços às necessidades dos consumidores, criando um modelo de comunicação mais próximo e eficaz.
No que respeita à sustentabilidade, o Burger King já utiliza tecnologias baseadas em IA para evitar o desperdício de produtos. “Trabalhamos com tecnologia para evitar o desperdício de produtos, seja através de sistemas de inventários inteligentes, análise de desperdício de alimentos ou tecnologias de conservação de alimentos”, destaca Inês Arnal Bergera.
Apesar da aposta na inovação tecnológica, a diretora de marketing sublinha que o Burger King mantém os seus valores fundamentais. “Apesar de a inovação estar sempre presente, o Burger King respeita a sua essência, as suas origens. Há 70 anos que é uma marca empática, diversificada, generosa… isto significa que transmite uma personalidade honesta e confiante que acolhe sempre seja quem for, pelo que o fator humano continua a ser um dos maiores ativos da marca e uma das melhores formas de partilhar os seus valores.”.

O impacto na logística
Nos últimos anos, o setor da logística tem registado transformações profundas, impulsionadas pela crescente exigência de eficiência e agilidade. Tecnologias como a inteligência artificial (IA) e a automação estão a redefinir a forma como as cadeias de abastecimento são geridas, criando operações mais inteligentes, sustentáveis e eficazes.
De acordo com a HAVI, empresa global especializada em soluções inovadoras de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, uma das grandes tendências que vão marcar este setor em 2025 será levar a IA e a automação a novos patamares.
A IA tem desempenhado um papel transformador, sobretudo através do planeamento autónomo, uma funcionalidade que permite ajustar estratégias em tempo real com base em múltiplas variáveis, como a procura e as condições de mercado. Estas capacidades possibilitam tomadas de decisão rápidas e informadas, reduzindo os tempos de resposta e melhorando a eficiência.
Outra área onde a IA está a demonstrar impacto significativo é na otimização dinâmica de rotas, uma solução que contribui para a redução de custos operacionais, ao mesmo tempo que minimiza o consumo de recursos. Além disso, a gestão de stocks e o planeamento de compras têm sido alavancados por sistemas de IA, que garantem maior precisão e ajudam a evitar desperdícios, ao preverem com maior rigor as necessidades futuras.
Por outro lado, a automação complementa a IA ao eliminar tarefas repetitivas, reduzir o erro humano e aumentar a produtividade. Este conjunto de ferramentas não só melhora os níveis de serviço, como também torna as operações mais sustentáveis, um aspeto cada vez mais relevante para o setor.

Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT

Otimizar a logística e reforçar a experiência do cliente
Os CTT – Correios de Portugal têm apostado na integração de inteligência artificial (IA) nos seus processos logísticos e operacionais, procurando otimizar rotas, prever tendências no comércio eletrónico e personalizar a experiência do cliente. A tecnologia surge como um aliado fundamental para enfrentar os desafios de um setor em rápida transformação, mas sempre em equilíbrio com o papel das equipas humanas.
Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT, explica que “a inteligência artificial permite a otimização de rotas e planos de distribuição ao analisar grandes volumes de dados em tempo real, incluindo variáveis como tráfego e condições meteorológicas. Esta tecnologia não só torna os processos mais eficientes, como também contribui para a sustentabilidade, ao planear rotas ecológicas e otimizar a utilização de veículos elétricos.”
Os CTT têm vindo a implementar modelos de machine learning que organizam rotas de forma quase instantânea (near real time), considerando fatores como o volume e a tipologia de encomendas, janelas de entrega, utilização de lockers e até a densidade urbana. Paulo Alexandre Silva acrescenta que, no futuro, a IA poderá ainda incorporar variáveis como riscos de não entrega e pontos de entrega alternativos, reforçando a fiabilidade da rede logística.
O responsável afirma que a tecnologia também desempenha um papel importante na prevenção de falhas e manutenção. Protótipos de sensorização nos veículos e equipamentos de sorting, associados a algoritmos de IA, permitem prever problemas antes que ocorram, reduzindo interrupções operacionais e aumentando a eficiência da cadeia logística.
Outro exemplo, diz Paulo Alexandre Silva, é o uso de IA para prever picos de encomendas, antecipando a procura com base em dados históricos e ajustando os recursos necessários para garantir uma gestão adequada de sorting e entregas na last mile.

Comércio eletrónico e entregas rápidas
Com o crescimento do comércio eletrónico e a necessidade de entregas rápidas, os CTT têm vindo a adaptar os seus serviços às novas exigências do mercado. Paulo Alexandre Silva refere que “a IA é essencial para antecipar tendências e personalizar serviços, garantindo que respondemos de forma ágil às necessidades dos consumidores.”
Entre as iniciativas desenvolvidas, destaca-se o serviço CTT Now, que garante entregas em duas horas em Lisboa e Porto, ou no próprio dia noutras localidades de Portugal Continental. O diretor explica ainda que a plataforma Collectt centraliza todos os pontos de entrega e recolha na Península Ibérica, incluindo lojas, agentes Payshop e mais de 1.000 cacifos Locky, que são uma alternativa conveniente e sustentável para os consumidores.
No atendimento ao cliente, Paulo Alexandre Silva afirma que os chatbots, como a assistente virtual Helena, proporcionam respostas rápidas às solicitações dos clientes, otimizando o atendimento sem comprometer a qualidade do serviço.

Um equilíbrio essencial
Apesar do foco crescente na automação, Paulo Alexandre Silva garante que os CTT reconhecem a importância de manter o papel central das equipas humanas na garantia da qualidade do serviço e no atendimento ao cliente. “O objetivo é que a automação funcione como uma ferramenta de apoio, complementando as capacidades humanas, e não como uma substituição”, conclui.
Nos Centros de Produção, tecnologias como IA e robótica processam cartas e encomendas com eficiência, mas os operadores continuam a ser indispensáveis para lidar com exceções, encomendas de formatos irregulares e garantir a qualidade dos processos.
Além disso, os dispositivos móveis utilizados pelos distribuidores fornecem informações em tempo real sobre rotas e notificações de clientes, reduzindo erros e melhorando a experiência dos utilizadores. Para garantir uma transição equilibrada, Paulo Alexandre Silva explica que os CTT promovem programas de formação contínua para as suas equipas operacionais e técnicas, preparando-as para o crescimento da automação e capacitando-as para enfrentar novos desafios.
“O equilíbrio entre automação e equipas humanas não é uma escolha binária, mas uma sinergia necessária”, afirma Paulo Alexandre Silva. Os carteiros e colaboradores das lojas continuam a ser o rosto do serviço, assegurando o contacto humano em situações complexas que a tecnologia ainda não consegue resolver.
A visão dos CTT passa por criar uma experiência multicanal integrada, onde o cliente pode iniciar o processo de envio numa aplicação ou computador e concluir a entrega num locker, com várias opções de pagamento disponíveis. Paulo Alexandre Silva explica que a combinação entre automação, IA e o papel humano é central para alcançar este objetivo, permitindo reduzir os tempos de entrega, aumentar a visibilidade da cadeia logística e garantir um serviço eficiente e de alta qualidade.
“Nos CTT, o cliente tem sempre a escolha final. Estamos a desenvolver alternativas sustentáveis, como o self-service nas lojas, chatbots mais inteligentes e soluções robotizadas no sorting, para criar um serviço que combine eficiência, conveniência e sustentabilidade”, conclui Paulo Alexandre Silva.


O impacto na segurança

A inteligência artificial (IA) continua a progredir de forma acelerada, consolidando-se como uma das principais tendências tecnológicas que vão moldar o setor da segurança nos próximos anos. Segundo a Axis Communications, as novas aplicações de IA generativa (GenAI) começam a amadurecer rapidamente, criando novas possibilidades, mas também desafios éticos, legais e de negócios.
A conclusão é clara: a IA generativa apresenta um potencial significativo no setor da segurança. Por exemplo, pode facilitar a interação dos operadores com soluções de segurança através de linguagem natural, simplificando e acelerando processos. Já as capacidades analíticas baseadas em deep learning prometem elevar o reconhecimento de objetos para um novo nível, permitindo que estas análises sejam realizadas diretamente nas câmaras de vigilância.
Apesar destes avanços, os modelos de IA generativa ainda apresentam limitações práticas, pelo menos a curto prazo, indica ainda a Axis Communications. A execução destes modelos requer uma capacidade elevada de computação e processamento, levantando questões sobre como equilibrar o custo da IA – nomeadamente o investimento financeiro, o consumo energético e o impacto ambiental – com o seu valor efetivo.

O impacto nos pagamentos digitais
O crescimento dos pagamentos digitais a nível global está a transformar o mercado, impulsionado pela adoção de tecnologias que tornam as transações mais rápidas, seguras e adaptadas às preferências dos consumidores. Olhando para 2025, o ecossistema de pagamentos apresenta-se mais digital e flexível, integrando inovações tecnológicas que estão a estabelecer novos padrões de usabilidade e proteção.
“A globalização tem impulsionado a simplificação e rapidez dos pagamentos internacionais. Da mesma forma, novas ferramentas como a inteligência artificial e biometria, que estabelecem novos padrões de segurança e usabilidade, contribuem para um ecossistema de pagamentos mais robusto e eficiente. Paralelamente, novas opções de meios de pagamento, como os pagamentos conta-a-conta (A2A), têm tido cada vez mais relevância, destacando a importância de assegurar níveis de proteção semelhantes aos já existentes”, afirma Rita Mendes Coelho, country manager da Visa em Portugal, em comunicado.

Prevenção de fraudes
Entre as tendências que vão marcar o futuro dos pagamentos, destaca-se a utilização da inteligência artificial (IA) na personalização de experiências de pagamento e na prevenção de fraudes. Com recurso a algoritmos de deep learning, a IA será capaz de analisar padrões de transações em tempo real, identificando potenciais riscos antes que se tornem um problema.
A Visa tem investido significativamente na implementação de soluções baseadas em IA no setor de pagamentos ao longo das últimas três décadas. Nos últimos dez anos, a empresa destinou 3,3 mil milhões de dólares à sua infraestrutura de IA e dados, com o objetivo de reforçar a segurança e eficiência das transações. Em 2023, a Visa introduziu o Visa Protect, uma solução de segurança baseada em IA que já demonstrou impacto na redução de fraudes em diversos tipos de transações, tanto dentro como fora da sua rede.
Também a Mastercard, aposta em inteligência artificial e tokenização para revolucionar pagamentos. De acordo com a empresa, os avanços tecnológicos estão a transformar os comportamentos de consumo, elevando os padrões de simplicidade e segurança. Por exemplo, a empresa prevê que, até 2030, os consumidores não precisarão de introduzir números de cartão, palavras-passe ou códigos únicos para realizar transações online. A combinação da tokenização com a autenticação biométrica e a carteira digital click to pay promete tornar o processo de checkout online tão simples quanto pagar numa loja física.
“A tecnologia está a refinar-se rapidamente, gerando novos casos de uso e até novos modelos de negócio. À medida que estas inovações se consolidam, assistimos a uma integração cada vez maior de mais pessoas e empresas na economia digital”, refere a Mastercard.
As pequenas empresas desempenham também um papel crucial na transformação dos pagamentos digitais. Durante a pandemia, muitas conseguiram prosperar graças à rápida adoção de pagamentos eletrónicos e do comércio digital. No entanto, a presença online é apenas o início.

Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis

Ética e personalização
A inteligência artificial (IA) está também a transformar o setor financeiro, trazendo benefícios significativos na personalização de serviços, automatização de processos e aumento da segurança. Na Cofidis, esta tecnologia é vista como um aliada para melhorar operações e reforçar a relação com os clientes, mantendo sempre uma abordagem ética e humana.
De acordo com Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis, “a inovação e a tecnologia só fazem sentido quando estão ao serviço das pessoas”. “A IA ajuda-nos a melhorar os nossos processos e a garantir decisões mais seguras e rápidas, mas sempre mantendo a proximidade e a atenção que cada cliente merece”, garante.
Embora a Cofidis ainda não aplique IA diretamente na análise de risco, recorre a modelos estatísticos que garantem explicabilidade e transparência nas decisões. Segundo Cláudio Pimentel, “estes modelos têm-se mostrado eficazes na avaliação de risco e na prevenção de endividamento excessivo, respeitando também as exigências da regulamentação europeia, como o IA ACT, que nos obriga a ser cuidadosos na análise dos aspetos éticos relacionados com a concessão de crédito”.
Por outro lado, a IA é utilizada noutras áreas do processo, como o reconhecimento ótico de caracteres (OCR), que acelera a análise de documentos submetidos pelos clientes, e na prevenção de fraudes digitais, um problema crescente em Portugal. Além disso, a tecnologia permite identificar o momento ideal para propor soluções de crédito personalizadas, garantindo que estas respondem de forma eficaz às necessidades de cada cliente, sempre com respeito pela privacidade e condições individuais.
A automatização é uma das áreas onde a IA tem trazido benefícios tangíveis. Ferramentas como o OCR reduzem erros manuais e aceleram o tempo de resposta aos clientes, permitindo uma validação mais rápida da informação e a apresentação de propostas de crédito ajustadas. Apesar do uso de IA, a Cofidis mantém o fator humano como elemento central. “Se surgirem dúvidas ou for necessária uma análise mais aprofundada, a nossa equipa de especialistas intervém pessoalmente, garantindo a atenção e o cuidado que nos caraterizam”, explica Cláudio Pimentel.
No atendimento ao cliente, a empresa está a trabalhar na utilização de IA para apoiar os colaboradores, por exemplo, através da transcrição e análise de chamadas. Este tipo de tecnologia permite identificar dúvidas ou intenções dos clientes e melhorar a qualidade do atendimento, mantendo os elevados níveis de serviço da Cofidis.
“Embora atualmente não utilizemos IA generativa para atendimento direto, estamos a explorar formas de colocar a tecnologia ao serviço dos nossos colaboradores, otimizando processos e garantindo que continuamos a oferecer um serviço empático e de qualidade”, sublinha Cláudio Pimentel.
A integração da inteligência artificial no setor financeiro enfrenta vários desafios, particularmente no que toca à ética, transparência e confiança no relacionamento com os clientes. Para a Cofidis, garantir uma abordagem centrada nas pessoas é fundamental. “A tecnologia pode otimizar processos, tornando-os mais simples e seguros, mas nunca pode perder de vista o impacto que tem nas pessoas”, destaca Cláudio Pimentel ao nosso jornal. Entre os principais desafios, o responsável apontou a necessidade de dados fiáveis e consistentes para alimentar as soluções de IA, a transparência na recolha e uso dos dados dos clientes, e a mitigação de potenciais vieses nos modelos, de forma a garantir decisões justas e inclusivas.
Além disso, o cumprimento de regulamentações como o RGPD e o futuro IA ACT é uma prioridade, assegurando que todas as soluções tecnológicas são sólidas, éticas e sustentáveis. “Dispomos de uma governação forte e de uma estratégia de IA bem definida, que nos permite respeitar os princípios éticos, a privacidade dos nossos clientes e a necessidade de mitigar vieses”, afirma.
Apesar dos desafios, a Cofidis vê um futuro promissor com a aplicação responsável da inteligência artificial. “Acreditamos que, com uma aplicação responsável e centrada nas pessoas, a IA trará benefícios não só para o setor financeiro, mas sobretudo para os nossos clientes, parceiros e colaboradores, criando soluções mais personalizadas e acessíveis”, conclui Cláudio Pimentel.

Este artigo foi publicado na edição 430

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Exportação

SAGALEXPO regressa em abril com 1.100 compradores internacionais

A 4.ª edição da SAGALEXPO realiza-se de 28 a 30 de abril de 2025, na FIL, em Lisboa, e contará com a participação de cerca de 380 empresas nacionais, que vão dar a conhecer a qualidade, inovação e diversidade dos produtos portugueses.

Hipersuper

A SAGALEXPO – Sabores de Portugal, marcada para os dias 28, 29 e 30 de abril na FIL, em Lisboa, prepara-se para receber mais de 1.100 compradores internacionais provenientes de 95 países, consolidando a sua posição como um dos mais relevantes certames para a internacionalização do setor agroalimentar português.

Organizada pela Exposalão, a SAGALEXPO assume-se como uma montra de excelência para os produtores nacionais que procuram reforçar ou expandir a sua presença em mercados externos. Ao longo dos três dias do evento, a interação entre mais de 3.300 empresários, nacionais e estrangeiros, abre portas a novas parcerias estratégicas e ao aumento das exportações, sublinha a organização.

Além de funcionar como ponto de encontro para negócios, a SAGALEXPO é também palco para o lançamento de novos produtos, destacando-se como uma plataforma de inovação e promoção das marcas portuguesas junto de decisores internacionais.

 

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

exportação

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Exportação

Exportações inverteram tendência em 2024 e cresceram 2,5%

Os primeiros resultados do Comércio Internacional de Bens de 2024, do INE, apontam para aumentos nas exportações, mas também nas importações: +2,5% e +1,9%, respetivamente (-1,4% e -4,0% em 2023, pela mesma ordem).

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Tendo por base os primeiros dados apurados das estatísticas do INE relativas a 2024, as exportações portuguesas alcançaram 79.285 milhões de euros (+2,5% face ao ano anterior) e as importações atingiram 107.171 milhões de euros (+1,9%).

Apesar do ritmo de crescimento das exportações ter sido superior ao das importações, o défice da balança comercial atingiu 27.887 milhões de euros em 2024, o que representa um agravamento de 78 milhões de euros face ao ano anterior e um acréscimo de 0,4 pontos percentuais na taxa de cobertura (74% em 2024).

Produtos alimentares aumentam exportações

Em termos de ‘Grandes Categorias Económicas’, a maioria dos bens exportados mostrou subidas, sendo os mais significativos nas categorias ‘Produtos alimentares e bebidas’, com um aumento de 8,3%, e ‘Fornecimentos industriais’, 2,3%. No entanto, excluindo as exportações sem transferência de propriedade, nos ‘Fornecimentos industriais’ houve um decréscimo de 0,5% face ao ano anterior, enquanto a variação nos ‘Produtos alimentares e bebidas’ pouco se altera (8,4%).

As exportações de ‘Combustíveis e lubrificantes’ foram a terceira categoria que mais aumentou em 2024 (+10,2%), principalmente para Bélgica, Gibraltar e Países Baixos. Em sentido contrário, o ‘Material de Transporte’ foi a que registou o maior decréscimo das exportações – menos 0,6%, o que representou menos 86 milhões de euros -, principalmente devido à diminuição das exportações de veículos e outro material de transporte para França, Turquia e Japão.

Fonte: INE

Alemanha: mercado que mais contribuiu

Em termos de mercados de destino, a Alemanha foi o que mais contribuiu para o acréscimo global das exportações portuguesas em 2024 e assumiu-se como o segundo principal destino dos bens nacionais, com um peso de 12,3% (+1,6 pontos percentuais face ao ano anterior). As exportações para este país aumentaram 17,8%, para mais 1.478 milhões de euros, essencialmente ‘Fornecimentos industriais’, ‘Material de transporte’ e ‘Máquinas e aparelhos’.

Espanha garantiu o segundo maior contributo para o aumento das exportações nacionais em 2024, e permanece como principal destino, com um peso de 26% (+0,3 p.p. face a 2023). As exportações para o país vizinho aumentaram 3,5%, mais 699 milhões de euros, com destaque para os ‘Produtos alimentares e bebidas’ e ‘Fornecimentos industriais’.

Espanha, Alemanha e França continuaram a ser os principais mercados importadores de bens portugueses em 2024. No seu conjunto, concentraram mais de metade do total das exportações nacionais: 0,5%, +1 p.p. face a 2023. Os Estados Unidos mantiveram-se como principal destino fora da UE e quarto na globalidade dos países, com um peso de 6,7% (-0,1 p.p. que em 2023), seguido do Reino Unido, que foi o quinto principal destino, com um peso de 4,6% (-0,1 p.p. face ao ano anterior).

Espanha é o principal destino, com destaque para os ‘Produtos alimentares e bebidas’ e ‘Fornecimentos industriais’

Nas maiores variações absolutas de 2024, destacam-se ainda os aumentos nas exportações para Gibraltar (+62,1%) e Marrocos (+15,5%), principalmente de ‘Combustíveis e lubrificantes’, e Itália (+4,7%), essencialmente ‘de Produtos alimentares e bebidas’.

Por sua vez, o maior decréscimo nas exportações em 2024 foi registado nas transações com França (-4,5%; menos 455 milhões de euros), maioritariamente ‘Material de transporte’ e ‘Máquinas e aparelhos’, tendo recuado para terceiro principal cliente dos bens nacionais, com um peso de 12,2% (-0,9 p.p. face ao ano anterior). Verificaram-se igualmente decréscimos significativos nas exportações para a Turquia (-26,8%), maioritariamente ‘Material de transporte’, Angola (-18,4%), principalmente ‘Máquinas e aparelhos’ e a China (-20,2%), essencialmente ‘Fornecimentos industriais’.

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Retalho

Mais de 5,5 milhões de portugueses compram online. Crescimento “reflete uma evolução natural dos hábitos de consumo”

Estudo da Marktest revela que 64% da população faz compras online, com destaque para consumidores entre os 35 e os 54 anos. O crescimento é evidente: o número de consumidores que faz compras através de sites ou de plataformas digitais superou pela primeira vez a fasquia dos 5,5 milhões. Fernando Félix, CEO da Webcomum, sublinha em declarações ao Hipersuper que o crescimento sustentado do e-commerce em Portugal reflete uma evolução natural dos hábitos de consumo. E não tem dúvidas: “estamos perante uma transformação estrutural do mercado”.

O número de portugueses que faz compras online superou, pela primeira vez, a fasquia dos 5,5 milhões, segundo a mais recente edição do Barómetro E-Commerce, produzido pela Marktest. Este valor representa já 64% da população em Portugal e traduz um crescimento de mais de 200 mil novos compradores online face aos dados de 2023.

Numa análise mais alargada, a evolução confirma-se ainda mais expressiva: comparando com 2022, o mercado ganhou 300 mil novos consumidores digitais, consolidando a tendência de crescimento do e-commerce em Portugal.

A análise dos dados revela uma distribuição equilibrada entre homens e mulheres, sem diferenças significativas nos hábitos de consumo online. Já quando a avaliação incide sobre as faixas etárias, os segmentos entre os 35-44 anos e 45-54 anos destacam-se, cada um com mais de 1,2 milhões de consumidores ativos. No total, 80% dos compradores online têm até 54 anos, o que evidencia a importância estratégica deste público-alvo para o comércio digital.

Além de haver mais portugueses a comprar online, a frequência das compras também apresenta uma tendência de crescimento. Em 2024, 51% dos consumidores afirmaram realizar compras online até três vezes por mês, face aos 50% registados em 2023. Embora o aumento seja modesto, a evolução é mais expressiva na comparação com 2022, com uma subida de quatro pontos percentuais.

Fernando Félix, CEO da Webcomum

“Para converter compradores ocasionais em consumidores frequentes, é fundamental criar incentivos e melhorar a experiência de compra”

O número de consumidores que compram online em Portugal continua a crescer de forma sustentada, refletindo uma transformação profunda nos hábitos de consumo. Fernando Félix, CEO da Webcomum Digital Business & Tech, agência especializada em transformação digital considera os dados do Barómetro E-Commerce da Marktest confirma uma mudança estrutural no mercado.

“O crescimento sustentado do e-commerce em Portugal reflete uma evolução natural dos hábitos de consumo, impulsionada por vários fatores. A conveniência das compras online, a diversificação da oferta e acrescente digitalização da sociedade são elementos-chave. Além disso, a melhoria da experiência do utilizador nas plataformas digitais e a maior confiança nos meios de pagamento eletrónicos têm desempenhado um papel fundamental”, sublinha em declarações ao Hipersuper.

Embora o período pandémico tenha sido um acelerador importante, Fernando Félix salienta que “os números agora apresentados demonstram que esta não foi uma tendência temporária, mas sim uma transformação estrutural do mercado”.

Com os dados do Barómetro E-commerce a apontarem para uma maior concentração de consumidores online nas faixas etárias entre os 35 e os 54 anos, Fernando Félix sublinha a importância de o setor adaptar as suas estratégias para este segmento. “Este grupo etário valoriza uma experiência de compra intuitiva, fiável e personalizada. O setor do e-commerce deve, por isso, focar-se na simplificação do processo de compra, na oferta de métodos de pagamento diversificados e na criação de programas de fidelização que acrescentem valor real”, recomenda.

Uma comunicação eficaz e segmentada, capaz de responder às necessidades específicas deste público, será determinante para consolidar a relação de confiança e estimular compras recorrentes, reforça.

A frequência de compras online está a crescer, mas o desafio para o setor passa por transformar compradores ocasionais em consumidores regulares. Segundo Fernando Félix, a personalização baseada em dados, as recomendações inteligentes e as campanhas de remarketing são algumas das estratégias que podem fazer a diferença. “Para converter compradores ocasionais em consumidores frequentes, é fundamental criar incentivos e melhorar a experiência de compra. Estratégias como personalização baseada em dados, recomendações inteligentes e campanhas de remarketing podem ter um impacto significativo. Além disso, vantagens como envios rápidos e gratuitos, programas de subscrição e benefícios exclusivos para clientes habituais podem reforçar o hábito de compra online”, aponta.

“A transparência e um serviço de apoio ao cliente eficiente também desempenham um papel crucial para garantir que a experiência seja sempre positiva e gere confiança para futuras compras”, conclui.

O Barómetro e-Commerce é um estudo regular de comércio eletrónico lançado em 2021 pela Marktest, para identificar e caracterizar os comportamentos dos portugueses relativamente a este canal de comércio de produtos e serviços a particulares. O estudo faz um levantamento global, e também do período mais recente, relativamente a tipos de compras de bens e serviços, as lojas utilizadas, os meios de pagamentos, as preferências, a avaliação de qualidade e o grau de satisfação, sendo realizado com uma amostra de 6000 entrevistas, ao universo de residentes, em Portugal com 15+ anos.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

ESG

Jerónimo Martins conquista classificação máxima no combate às alterações climáticas pelo 4º ano consecutivo

Pelo quarto ano consecutivo, o Grupo Jerónimo Martins integra o grupo restrito de empresas a nível mundial reconhecidas com a classificação máxima pelas suas práticas no combate às alterações climáticas.

Hipersuper

Além das ações desenvolvidas ao longo do ano de 2024, a distinção reconhece a transparência no respetivo reporte.

A avaliação anual realizada pelo CDP atribuiu ao Grupo Jerónimo Martins a classificação máxima (nível A) no combate às alterações climáticas (Climate Change) e o nível de liderança (nível A-) tanto na gestão da água enquanto recurso crítico (Water Security) como na gestão das commodities mais associadas ao risco de desflorestação (Forests): óleo de palma, papel e madeira, gado bovino e soja.

Estes resultados refletem as boas práticas de gestão e preservação ambiental do Grupo Jerónimo Martins, que, em conjunto com os contributos para prosperidade económica e o desenvolvimento social, têm vindo a ser reconhecidas internacionalmente com a inclusão em mais de 140 índices de sustentabilidade, entre os quais o Eurozone120, Europe 120, Sustainable Europe 120 e Climate Europe, índices da Euronext, FTSE4Good Developed, CPR AssetManagement e vários índices da Solactive.

O CDP é uma organização sem fins lucrativos que incentiva empresas e cidades a medir e gerir oportunidades e riscos em matérias de ambiente e de alterações climáticas. Anualmente, recolhe informação através dos seus programas “Combate às alterações climáticas”, “Florestas” e “Gestão da água enquanto recurso crítico”. Em 2024, a avaliação do CDP abrangeu mais de 22.000 empresas de todo o mundo, que representam dois terços da capitalização bolsista global.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Novo marketplace quer juntar todas as cervejas artesanais portuguesas num único espaço

A empresa bracarense PCB – Portuguese Craft Beer  criou um marketplace de cervejas artesanais portuguesas. “Sentirmos que havia um vazio neste campo”, afirmou ao Hipersuper o diretor de expansão da PCB, Miguel Lascasas.

Lançado em dezembro do ano passado, o marketplace da PCB – Portuguese Craft Beer comercializa, atualmente, dez marcas portuguesas: Alma, Amphora, 12 Marias, Beasty Beers, Bila, Burguesa, Deuses do Malte, Musa, Old Fox e Vadia.

Disponibilizar todas as cervejas artesanais portuguesas num único espaço, acessível a todos os consumidores, é o objetivo desta loja online que foi criada por haver “um vazio neste campo”, com cada “marca entregue a si própria”, salientou Miguel Lascasas ao Hipersuper.

“Em muitos casos, estamos a falar de marcas de muito pequena dimensão. Mas se realmente adotarmos o lema ‘a união faz a força’, num setor que é difícil, pela sua reduzida dimensão além da já reduzida dimensão das próprias unidades, compreendemos facilmente que só juntos é que podemos chegar a onde tanto almejamos”, defende o diretor de expansão da PCB.

O responsável revela que existem atualmente cerca de 70 unidades de produção de cerveja artesanal, espalhadas por todo o país, desde o Minho ao Algarve, incluindo as ilhas dos Açores e Madeira. “Além disso, há aproximadamente 100 marcas de cerveja artesanal, que englobam microcervejeiras locais e produtores com capacidade para distribuição nacional”, acrescenta.

Para 2025, os planos deste marketplace passam por alcançar 35% das marcas de cerveja artesanal portuguesa

Chegar a outros mercados

No âmbito do seu plano de negócios, a empresa com sede em Braga já cumpriu o objetivo, estipulado para 2024, de alcançar a adesão à plataforma de 10% das marcas nacionais.

Para este ano, os planos deste marketplace disponível em www.portuguesecraftbeer.pt, passam por alcançar 35% das marcas de cerveja artesanal portuguesa, o que “quer dizer mais ou menos 35 marcas”, informa Miguel Lascasas. “Os cervejeiros estão constantemente a lançar cervejas novas, faz parte do ADN deles. Certamente que dentro destas 10 marcas e mais das que conseguirmos agregar vamos ter imensas novidades todos os meses”, assegura.

Para 2026 a empresa tem já um objetivo assumido: a adesão ao marketplace de 65% das marcas de cerveja artesanal portuguesa. “O sonho seria ter todas as marcas connosco. Todas, sem exceção. Os critérios de qualidade e validade do produto já são impostas pelas entidades competentes, já que é um setor altamente fiscalizado e controlado, trata-se de produtos alimentares”, sublinha.

A Portuguese Craft Beer planeia também expandir a comercialização das cervejas artesanais nacionais do seu portfólio a outros mercados. A exportação está já a ser trabalhada e Miguel Lascasas revela que a empresa conta a partir do primeiro trimestre deste ano “iniciar também mais este desafio”.

Para já, a PCB vai apontar baterias a Espanha para além de França, Bélgica e outros países com fortes comunidades portuguesas na Europa.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Alimentar

Confagri quer que doença do fogo bacteriano seja reconhecida como catástrofe natural

A produção de pera rocha está a ser fustigada por fungos e bactérias. A Confagri solicita o reconhecimento da doença do fogo bacteriano como catástrofe natural.

Hipersuper

A Confagri lembra que nos últimos anos, a doença Fogo Bacteriano, provocada pela bactéria Erwinia amylovora (Burr.) Winsl. et al., já conduziu ao desaparecimento de perto de um milhar de hectares de pomares de pera rocha, causando elevados prejuízos aos fruticultores e à economia das regiões afetadas, facto este que merece total atenção e diligência por parte do Ministério da Agricultura e Pescas.

Face à inexistência de tratamentos eficazes, a remoção e destruição por queima das partes das plantas com sintomas, com corte efetuado a pelo menos 50 cm abaixo das zonas afetadas, e o arranque e destruição imediata por queima das árvores com sintomas no tronco, têm sido os procedimentos adotados para reduzir a propagação da doença, refere, lembrando que “são, no entanto, ‘soluções’ que levam à redução do potencial produtivo dos pomares, assim como ao seu desaparecimento, quando a sua existência deixa de ser economicamente viável”.

Para a Confagri  é “imprescindível o restabelecimento do potencial produtivo do pomar de pera rocha, não só através do apoio a replantações com árvores certificadas e isentas da doença, mas também da realização de intervenções sanitárias para remoção das partes infetadas. Ademais, devem ser fornecidos apoios para as estratégias de proteção das plantas ainda sem sintomas, sob pena do desaparecimento de uma variedade de Pêra com denominação de origem protegida (DOP) que é única no Mundo”.

A Confagri, em defesa da produção da pera rocha – que nos últimos anos perdeu metade da sua produção -, solicita o reconhecimento da doença do fogo bacteriano como catástrofe natural e defende a abertura, “com carácter de urgência”, de candidaturas à Operação 6.2.2 – Restabelecimento do Potencial Produtivo, para os produtores com pomares afetados pela doença ou objeto de arranque nos últimos anos, assim como a abertura de um aviso dedicado à plantação e modernização de pomares de pera rocha, no âmbito da Operação C.2.1.1 – Investimento Produtivo Agrícola – Modernização.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Francisco Rodrigues (à direita) e João Neves são os fundadores da Bloop

I&D

Portuguesa Bloop quer ser a primeira rede social de compras do mundo

A startup apresenta-se como a primeira rede de Social Shopping e marketplace a nível mundial, vai ser lançada em março e quer faturar mais de 40 M€ até 2026.

A Bloop começou a ser pensada há quatro anos por Francisco Rodrigues, CEO & founder, e João Neves, CTO e co-founder. O objetivo foi criar a primeira rede social de compras (Social Shopping) do mundo e promover a democratização do poder de influência dos utilizadores comuns.

Durante três anos, desenvolveram o projeto e fecharam financiamentos, tendo em 2024, levantado uma das maiores rondas de Portugal. A startup sedeada em Portugal já arrecadou mais de 1.4 milhões de euros em financiamento privado na fase pre-seed (fase inicial), incluindo os 410 mil euros provenientes de uma campanha de crowdfunding privado que envolveu 126 investidores. Atualmente conta com 150 investidores, todos de capital privado.

“O Social Shopping é a tendência de futuro”, assegura Francisco Rodrigues, acrescentando que “plataformas de e-commerce e marketplaces estão a entrar nesse segmento”, que conjuga o marketplace com as redes sociais. A Bloop quer criar “um sistema autoalimentado e democrático”, ao aproximar vendedores e consumidores, promover avaliações e recomendações e recompensar os utilizadores com créditos que podem ser descontados em compras futuras.

A Social Shopping vai arrancar em meados de março, com versão beta e acesso exclusivo a uma comunidade fechada de embaixadores. Destaca-se por oferecer um balcão único onde o cliente é recompensado por publicar, as suas experiências de compra: ao publicar, recomendando o produto, recebe, na wallet da app, um crédito de 10% do valor de cada compra divulgada. Pode ainda vir a receber mais 5% se alguém comprar esse mesmo produto, através da Bloop, em consequência da sua publicação. “Como nós dizemos que os cliente é que são o core do negócio, é que fazem publicidade, estamos a dar o melhor nível de incentivos a esses clientes”, afirma Francisco Rodrigues.

Go to market em setembro

Tendo como target as gerações Z e Millennial, o ‘go to market’ desta rede social de compras está previsto para arrancar em setembro deste ano em Portugal.

De acordo com os responsáveis, vai chegar ao mercado com mais de 20 marcas já agregadas e mais de um milhão de produtos. Os clientes que publicarem as suas aquisições têm que esperar 14 dias para receberem os créditos (tempo necessário para potenciais devoluções) e têm 30 dias para gastar os créditos noutras compras. “Vamos ter de tudo na plataforma, desde produtos a experiências, até reservas de hotel e restaurantes e atividades de formação”, exemplifica o CEO.

Ainda este ano a empresa quer garantir a próxima ronda de financiamento de VC (Venture Capital) e aumentar o atual número de 15 colaboradores (para além dos três administradores), para 65. Vai ainda apostar em oito fontes de receitas, entre as quais, publicidade na plataforma.

Expansão internacional começará por Espanha

A partir de 2026, a Bloop projeta expandir-se a outros mercados, a começar por Espanha, a que devem seguir-se França, Itália e Alemanha. Fora da Europa, os administradores vão priorizar, a partir de 2027, os mercados dos Estados Unidos da América e do Brasil.

Até 2026, a empresa tem metas ambiciosas: chegar a mais de dois milhões de clientes ativos, movimentar um volume de vendas superior a 300 milhões de euros e arrecadar receitas de mais de 40 milhões de euros.

 

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Alimentar

Frutorra com nova identidade visual e novidades nos seus produtos

Entre as principais novidades, destacam-se os produtos mais vendidos da marca – caju cru, caju com sal, pistácio torrado e amendoim frito com sal – que passam a estar disponíveis em embalagens doypack com zip.

Hipersuper

A Frutorra apresenta uma nova identidade visual, alinhada com a estratégia de diferenciação e proximidade ao consumidor. Esta renovação e o lançamento dos seus produtos com a nova imagem fortalece a presença da marca e realçar os seus principais atributos, consolidando a posição de referência no setor.

Entre as principais novidades, destacam-se os produtos mais vendidos da marca – caju cru, caju com sal, pistácio torrado e amendoim frito com sal – que passam a estar disponíveis em embalagens doypack com zip. Este novo formato responde às preferências dos consumidores, oferecendo maior conveniência e garantindo a frescura dos produtos por mais tempo.

 

 

A aposta na portugalidade também ganha novo destaque, com embalagens valorizadas para produtos de origem 100% nacional, como a amêndoa e a noz portuguesas. Apesar da necessidade de importar frutos secos devido às condições climáticas e de solo do país, a Frutorra mantém o compromisso com a produção nacional e reforça essa identidade ao incorporar sal do Algarve em várias das suas referências.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Mercadona doou 1.300 toneladas de alimentos e produtos em Portugal no ano passado

No total, entre Portugal e Espanha, a Mercadona doou um total de 25.200 toneladas de alimentos e começou a colaborar com mais 85 novas instituições.

Hipersuper

Em Portugal, a Mercadona doou 1.300 toneladas de alimentos e produtos em 2024, o equivalente a 22.600 carrinhos de compras, a mais de 80 entidades de cariz social, entre as quais Bancos Alimentares, IPSS e ONG com as quais colabora em Portugal a partir de cada uma das suas 60 lojas e dos seus Blocos Logísticos na Póvoa de Varzim e Almeirim.

No total, com mais de 1.670 lojas entre Portugal e Espanha, a Mercadona doou um total de 25.200 toneladas de produtos, o equivalente a 420.000 carrinhos de compras, que se destinaram a cerca de 847 entidades sociais, das quais 85 são novas colaborações.

Presente em 12 distritos, o envolvimento da Mercadona em Portugal vai além da doação de alimentos. Ao longo do ano, a empresa lembra em comunicado que participa ainda, com os seus recursos humanos e logísticos, noutras iniciativas de âmbito nacional, entre as quais se destacam as campanhas do Banco Alimentar Contra a Fome, da Cruz Vermelha Portuguesa e do Banco Solidário Animal, organizada pela Animalife.

A colaboração da Mercadona nestas campanhas, desenvolvidas através da doação monetária dos seus clientes na caixa de pagamento, em múltiplos de 1€, permite que as entidades possam adaptar as doações realizadas às suas reais necessidades, através por exemplo, do uso de Cartões Sociedade. Uma modalidade que permite aos beneficiários escolher os produtos que mais necessitam quer a nível de variedade (fresco e secos) quer a nível de quantidade. Em 2024, foram doados para estas campanhas mais de 190.000 mil euros, convertidos em produtos, informa a retalhista.

 

Sobre o autorHipersuper

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