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Novo processo contra Jerónimo Martins na Polónia. Em causa estão preços ao consumidor (atualizada)

Por a 18 de Outubro de 2019 as 14:14

biedronka

“Estamos a analisar de forma cabal a carta da [autoridade polaca] UOKiK. Sublinhamos, no entanto, que, tendo em conta a escala de operações da Biedronka (…) há sempre a possibilidade de, por erro humano, faltarem alguns preços ou estarem mal colocados”, disse fonte oficial da Jerónimo Martins em declarações ao Hipersuper*, na sequência do comunicado emitido esta sexta-feira pela autoridade polaca de defesa da concorrência e do consumidor (UOKiK), dando conta de um novo processo instaurado contra a cadeia de supermercados da empresa na Polónia.

A UOKiK acusa a Biedronka de cobrar aos consumidores na caixa de pagamento um preço acima do que é apresentado nas prateleiras, tendo aberto uma investigação depois de receber 230 reclamações entre janeiro e setembro deste ano. Se as suspeitas se confirmarem a empresa arrisca-se a pagar até 10% da sua receita.

“Na maioria das vezes, os consumidores queixam-se da diferença entre o preço mostrado na prateleira e o que é codificado no balcão ou da falta de preços no produto”, sendo que os inspetores polacos confirmaram as mesmas situações nas suas deslocações às lojas, lê-se no comunicado.

Em sua defesa, a Jerónimo Martins assegura “que os procedimentos da Biedronka estão definidos de acordo com a legislação, que determina que, em caso de diferença entre o preço na prateleira e o preço na caixa de check-out, os clientes têm sempre o direito de comprar o produto pelo preço mais baixo ou de serem reembolsados da diferença”.

A autoridade polaca descreve que “durante nove meses deste ano, [os inspetores] descobriram que em 123 casos não havia preço nos produtos da Biedronka e em 25 registaram-se diferenças entre a quantidade visível no produto ou prateleira e a codificada na caixa registradora”.

A empresa aponta para a possibilidade de erro humano dada a dimensão da cadeia, que conta com “mais de 2900 lojas e mais de 67 000 colaboradores, que servem diariamente cerca de quatro milhões de clientes, num total de mais de 1,3 mil milhões de transações anuais”.

Esta é a segunda queixa instaurada pela autoridade polaca à Jerónimo Martins, depois em setembro deste ano acusar a empresa de práticas desleais junto dos fornecedores.

*Notícia atualizada às 16h38 com as declarações da Jerónimo Martins

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