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Trabalhadores dos armazéns da DHL Supply Chain também aderem à greve de 10 de julho

Por a 5 de Julho de 2019 as 16:15

DPDHL 2015Os trabalhadores dos armazéns da DHL Supply Chain também vão participar na greve de 10 de julho, marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que prevê uma concentração junto das instalações da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e uma manifestação frente à Assembleia da República.

“A nossa Federação fez um pré-aviso para que abrangesse todo o comércio e as áreas de distribuição. Há uma manifestação concreta das reivindicações do nosso local de trabalho e também há a indignação em relação às alterações que vão ser propostas na Assembleia da República em relação ao Código do Trabalho, que nos vão afetar bastante”, esclareceu ao Hipersuper Ricardo Mendes, do CESP.

“Na DHL aplica-se o código do trabalho. Não há qualquer convenção coletiva. Uma alteração no Código do Trabalho vai afetar-nos e bastante, devido a esta questão do banco de horas global, ao período experimental, porque são empresas que recorrem muito ao trabalho temporário”, explica.

Os trabalhadores dos armazéns da DHL também já deram a conhecer um conjunto de reivindicações à administração da empresa, conforme noticiado pelo Hipersuper, em relação às quais deveria ter sido dada uma resposta no final de junho. “Tiveram de adiar a reunião, por motivo de férias. Adiaram a reunião para o final deste mês [julho]”, esclarece Ricardo Mendes.

Entre outras medidas, os trabalhadores dos armazéns da DHL reivindicam uma melhoria dos salários. “Independentemente da antiguidade ou da especialização do trabalhador, é o salário mínimo nacional que é pago. É uma empresa que paga a praticamente a todos os nossos trabalhadores o salário mínimo ou pouco mais do que o salário mínimo nacional”, revela o responsável do CESP.

“Também tem a ver com o facto da precariedade”, diz Ricardo Mendes. “É um local onde ainda temos muitos trabalhadores com contratos a termo”, detalha.

Os horários e a sua regulação também foram colocados em cima da mesa pelos trabalhadores. “É recorrente o trabalho por turnos. E também é a regulação da gestão dos horários. São matérias que para nós são deveras importantes, porque temos trabalhadores especializados com 20 anos de casa praticamente a ganhar pouco mais do que o salário mínimo nacional. Esta é a nossa principal reivindicação”, conclui.

Até ao momento, ainda não foi possível obter qualquer reacção da DHL Supply Chain.

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