Campanha de cerejas e de pêssego ao nível das melhores das últimas décadas

A campanha de 2019 de cereja e de pêssego poderá estar ao nível das melhores das últimas décadas, prevendo-se que a cereja tenha rendimentos unitários de 3,2 toneladas por hectare e o pêssego 12,5 toneladas por hectare, segundo as Previsões Agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicadas esta segunda-feira.

“Em contrapartida, nos cereais de inverno, o tempo quente e seco em março foi determinante para a redução das produtividades face às da última campanha, variando entre os -10% no trigo mole e cevada e os -15% no trigo duro, triticale e aveia”, refere o documento.

O INE prevê  também um aumento na área plantada de batata, em resposta ao aumento do preço pago ao produtor. Sendo o preço da batata em abril de 2019 superior em 133% face ao valor homólogo do ano anterior, as previsões do INE apontam para um aumento global de 4% de área plantada em relação a 2018, “totalmente suportado pelo aumento da área de batata de regadio (+5%, face a 2018)”, refere o documento.

A área plantada de tomate para a indústria poderá aumentar 2%. A área plantada poderá estar próxima dos 14,8 mil hectares. No arroz, dada a diminuição das áreas semeadas de arrozais na bacia hidrográfica do Sado, a área será de menos 900 hectares  face ano anterior, e o total da área instalada deverá recuar 5% em relação à campanha anterior. Já o milho de sequeiro deverá manter a sua área instalada em 7 milhares de hectares.

Em relação aos cereais, o INE avança que “as elevadas temperaturas e a escassa precipitação de março conduziram à interrupção dos processos de desenvolvimento vegetativo e induziram um espigamento precoce, com implicações na produtividade potencial”. O INE prevê reduções generalizadas na produtividade destas culturas, sendo o centeio uma exceção, pois não foi sujeito a condições meteorológicas tão adversas. No trigo mole e na cevada estimam-se reduções de 10% e de 15% no trigo duro, triticale e aveia.