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Sindicato denuncia pressões sobre os trabalhadores do Minipreço em dia de greve

Por a 19 de Junho de 2019 as 16:34

Minipreço FamilyO Sindicato dos Trabalhadores dos Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) considera que a adesão à greve, realizada na última terça-feira pelos trabalhadores do Minipreço, foi boa, mas “muito inferior a outras devido a pressões exercidas sobre os trabalhadores”, declarou Francisco Duarte, do CESP, ao Hipersuper.

Apesar de não ter sido feito ainda o levantamento completo à greve por parte do CESP, Francisco Duarte avança que, em Lisboa, “houve pelo menos seis lojas fechadas durante o dia todo”. “Tivemos muitas lojas a funcionar num horário mais reduzido. Houve uma boa adesão”, assegura. “A nível nacional tivemos lojas fechadas no Porto, na zona Centro, no Algarve e na zona de Setúbal”, acrescenta.

Contatado, o Minipreço não quis tecer qualquer comentário sobre a greve.

Francisco Duarte lamenta, por outro lado, que a greve de ontem tenha sido inferior a outras devido a pressões exercidas sobre os trabalhadores. “A nível social, [as cadeias de distribuição] têm deveres e obrigações, mas nestas coisas fazem tudo e mais alguma coisa, e estão a ir contra a Constituição em relação ao direito à greve, que é trocar folgas, trocar horários dois ou três dias antes da greve, obrigar os trabalhadores a vir trabalhar nas folgas, obrigar os trabalhadores a não fazer greve, com ameaças”, denuncia.

A pressão sobre os colaboradores, diz, partiu dos coordenadores de loja. “Tivemos coordenadores de loja a obrigar trabalhadores a assinar um documento por escrito a justificar porque não trabalham na folga, porque é que não trabalham no dia 18, dia de greve”, assinala.

“Temos trabalhadores em greve e eles deslocam trabalhadores de uma loja para a outra para a loja funcionar. E substituem o trabalhador que está em greve, o que é ilegal”, considera Francisco Duarte.

O membro do sindicato lamenta ainda o ambiente social que se vive atualmente na cadeia de retalho do grupo DIA. “No espaço de um ano e pouco saíram algumas centenas de trabalhadores. Estamos a falar de trabalhadores efetivos, com 15 anos de casa, que estão saturados deste ambiente social. Só há exigências e não há reconhecimento do valor dos trabalhadores”, conclui.

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