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Marcas de queijo faturam quase 500 milhões de euros no retalho

Por a 2 de Abril de 2019 as 11:00

Queijos_especialidadesO retalho vendeu no ano passado 64 milhões de quilos de queijo, o que representa um volume de negócios de 493 milhões de euros. É uma das maiores categorias do grande consumo

O queijo é um dos produtos mais vendidos nos supermercados portugueses. Está presente em 96% dos lares nacionais e é comprado em média 24 vezes por ano pelas famílias portuguesas. E as suas vendas continuam a aumentar. No ano passado, foram vendidos 64 milhões de quilos de queijo nos supermercados portugueses, o que representa um crescimento de 3% face a 2017. Já o volume de negócios cresceu 4% para 492,6 milhões de euros, segundo dados da Nielsen.

A aposta constante das principais marcas no lançamento de novos produtos é um dos principais drivers deste crescimento. A Montiqueijo, por exemplo, reserva todos os anos 1% do volume de negócios para a inovação. A empresa que controla a cadeia produtiva, desde a plantação de cereais para a alimentação animal até à transformação do leite em queijo, alcançou no ano passado um volume de negócios de 5,9 milhões de euros. Este ano, ambiciona crescer na casa dos dois dígitos.

“Um dos aspetos que nos caracteriza é o facto de trabalharmos produtos tradicionais, mas procurarmos apostar em soluções inovadoras, que nos diferenciem no mercado. Tem sido assim ao longo dos últimos 50 anos e esse histórico faz com que o mercado nos exija constantemente soluções inovadoras. Para dar resposta a essas exigências, reservamos anualmente 1% do volume de negócios para investimentos em inovação. Para a nossa estratégia de vendas é fundamental apresentarmos soluções inovadoras, são essas apostas que tornam a nossa atividade ainda mais dinâmica e que nos diferenciam”, afirma Janete Vitorino, diretora de marketing da Montiqueijo.

A aposta na sustentabilidade

Uma das formas que a empresa encontrou para se diferenciar no mercado passa pela aposta na sustentabilidade, não só dos produtos mas da sua atividade. A fabricante de queijo foi a primeira empresa do mercado a retirar o cincho – a forma que envolve o queijo – dos seus produtos. Uma iniciativa que lhe permitiu poupar 165 toneladas de plástico nos últimos três anos. Agora a meta é passar de forma eficaz esta mensagem ao consumidor. “Em 2019, o nosso principal objetivo passa por valorizar as características que nos diferenciam, quer em termos de processo produtivo, quer em termos de valores da empresa. De forma a recrutar e fidelizar consumidores queremos reforçar a qualidade do nosso produto dando a conhecer de uma forma mais pormenorizada toda a cadeia produtiva, que vai desde a plantação dos cereais para a alimentação animal à produção própria da matéria-prima e a sua transformação em queijo. Pretendemos fortalecer a nossa política ambiental, e a nossa estratégia para a redução de plástico, de forma a que o consumidor reveja nos nossos produtos uma preocupação quer pela qualidade do produto, quer pelo impacto que tem no ambiente”, acrescenta.

No ano passado, a empresa conseguiu ainda evitar a emissão de 77 toneladas de CO2, através da geração própria de eletricidade solar. Através desta energia produzida internamente, a Montiqueijo fabrica 203 toneladas de queijo anualmente. “Fomos igualmente pioneiros na instalação de um parque fotovoltaico que nos fornecia em média 30% da energia necessária para a produção dos nossos produtos”, lembra Janete Vitorino.

A moderna distribuição é o canal mais importante para a marca. “A grande distribuição continua a ser o canal mais dinâmico e é onde a nossa estratégia também se torna mais agressiva para que consigamos acompanhar todas as exigências do mercado. A nossa estratégia acaba por ser transversal a todos os canais, havendo apenas alguns ajustes próprios das características de cada um”.

As exportações ainda representam pouco, mas a empresa está a reforçar a aposta nos mercados externos. Os produtos da Montiqueijo são vendidos em alguns países europeus, como Polónia, França, Suíça, Bélgica e Inglaterra e, pontualmente, para a Ásia. “É ainda uma percentagem reduzida, mas pretendemos que tenha um peso significativamente maior na nossa atividade”, termina.

*Artigo originalmente publicado na edição impressa de março do jornal Hipersuper

**Notícia atualizada às 15h04 do dia 15/04

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