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Nielsen: “Crescimento no grande consumo deve ser feito a partir do efeito-preço”

Por a 21 de Março de 2019 as 15:25

consumo_NielsenAs vendas bens de grande consumo em Portugal cresceram 2,8% em 2018, face ao ano anterior. Em quantidade vendida, o crescimento foi de 0,6%, segundo dados da Nielsen. Os portugueses não estão a comprar mais quantidade mas estão a comprar categorias ou produtos de preço mais elevado, dando origem a um efeito-preço positivo, explica a consultora.

Face a esta dinâmica, Ana Paula Barbosa, retailer vertical director, comenta: “É necessário ter em consideração que, embora se continuem a verificar bons crescimentos em valor, sustentados pelo efeito-preço, o mesmo crescimento não se verifica em volume. O panorama em Portugal continua positivo, mas a tendência é de abrandamento”.

E deixa um alerta a fabricantes e distribuidores: “Será cada vez mais difícil ao mercado de FMCG crescer em volume. A população não está a aumentar e os consumidores têm mais dinheiro para gastar, estão mais confiantes e fazem mais refeições fora de cada. Desta forma, a maior aposta de crescimento deverá ser a partir do efeito-preço”.

Através por exemplo da aposta em produtos premium. Segundo a Nielsen, os portugueses mostram hoje mais disponibilidade para gastar em atividade que lhes deem prazer e para comprar produtos de gama premium, “em resposta a um estilo de vida cada vez mais preenchido e à procura de uma vida mais equilibrada e feliz, com mais tempo para aquilo de que mais gostam”.

A responsável da Nielsen aconselha ainda os retalhistas alterar a estratégia da atividade promocional. “As promoções continuaram a crescer em 2018 atingindo 46% das vendas. Realizar promoções em produtos de gama premium e apostar em gamas de maior qualidade e sofisticação pode ser o caminho”.

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