“Venda de alimentos e bebidas online em Portugal vai crescer nos próximos dois a três anos”

Um total de 21% dos portugueses comprou alimentos e bebidas online ao longo deste ano, segundo um estudo encomendado pela Acepi à consultora IDC, cujas principais conclusões foram apresentadas esta manhã no Portugal Digital Summit’18, um evento organizado pela Associação da Economia Digital, a decorrer hoje e amanhã em Lisboa.

A IDC questionou 500 internautas portugueses: Nos últimos 12 meses que produtos ou serviços comprou online? 21% dos portugueses referiu ter adquirido produtos alimentares e bebidas nos canais digitais. “Acredito que nos próximos dois a três anos as vendas de alimentos e bebidas online vão crescer em Portugal”, disse Alexandre Nilo da Fonseca, presidente da Acepi, na apresentação dos principais resultados deste estudo que vai estar integralmente disponível nos próximos dias.

Artigos de moda, produtos de eletrónica e serviços, como alojamento, viagens e lazer, completam a lista dos bens que os portugueses mais compram online.

“Nos últimos dois anos, as compras digitais subiram acima dos 30% em Portugal, enquanto as lojas físicas cresceram cerca de 10%. Metade das compras online em Portugal são feitas a comerciantes internacionais”, disse, por sua vez, Madalena Cascais Tomé, presidente da comissão executiva da SIBS.

O estudo feito pela IDC corrobora o aumento das compras em sites internacionais. “Há muitos portugueses a comprar em sites estrangeiros. A oferta e os serviços disponíveis nos sites estrangeiros estão mais desenvolvidos. É provavelmente isso que os leva a comprar em sites internacionais”, explicou Alexandre Nilo da Fonseca.

A China e o Reino Unido são os países onde os portugueses mais compram online. O AliExpress, o marketplace do site chinês Alibaba, já é mesmo o site onde os portugueses mais compram. Depois do AliExpress, fecham o Top 5 dos sites onde os portugueses mais fazem compras online, respetivamente, o Continente, o Booking, o Spotify e a Fnac.

Mas há também cada vez mais estrangeiros a comprar em sites com domínio português, revela o estudo. 18% do volume de compras das empresas portugueses que vendem online provem de residentes fora de Portugal.