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Preparar estratégias de negócio para o futuro

Por a 23 de Outubro de 2018 as 11:13

Luis Reto-FotoPor Luis Reto, Retail Lead do SAS Portugal

A IDC prevê que, em 2022, as receitas mundiais de soluções de big data e business analytics totalizem os 260 mil milhões de dólares. Os investimentos em big data e analytics vão crescer 12% nos próximos cinco anos, sendo que a banca, a indústria, os serviços e o setor público são quem mais investirá, adianta a mesma fonte.

Isto soa-me a uma “corrida” por parte das empresas a este tipo de ferramentas e faz-me pensar o quanto esta área tem crescido nos últimos anos e o quão ela é necessária para a nossa atividade e para os negócios em geral. Há uns anos não imaginaríamos nada disto, mas a verdade é que atualmente a maioria das organizações recorre a estas soluções para poder crescer, reinventar-se e tornar-se cada dia mais competitiva, num mercado, a meu ver, pouco complacente.

Claro está que depende dos setores, mas seja para a gestão da experiência do cliente no retalho ou para o fornecimento de serviços digitais na indústria, o que se vê é uma cada vez maior aposta neste tipo de inovações, algumas delas disruptivas, que estão já a mudar o mundo e os modelos de negócio.

Estamos já tão familiarizados com esta nova realidade que parece não haver espaço para grandes “deslumbramentos”, mas convém perceber e consciencializar-nos que estas ferramentas têm potencial para transformar setores inteiros e possibilitar avanços e progressos relevantes em áreas distintas como a saúde, a banca, as telecomunicações, os transportes e o ambiente, entre outros.

É natural haver ainda algum ceticismo quanto à adoção destas soluções e o trabalho que há ainda a fazer é o de demonstrar como e porquê é que este tipo de recursos pode ser uma mais-valia para a organização e, não menos importante, formar e preparar equipas que saibam efetivamente tirar proveito e trabalhar com a tecnologia selecionada. É urgente, por exemplo, dotar os colaboradores de competências analíticas, pois só assim se consegue aproveitar o verdadeiro valor dos dados e extrair deles informação útil, para tomadas de decisão mais ponderadas e acertadas. Continua a haver poucos cientistas de dados, é um facto adquirido. Haverá mão-de-obra especializada para usar todas essas deslumbrantes tecnologias de que ouvimos falar? É uma questão sobre a qual valia a pena ponderar.

Os líderes de negócio têm pela frente tempos desafiantes… e como cada negócio tem a sua especificidade diria que a primeira coisa a fazer é detetar e perceber as necessidades que existem de forma a saber escolher a solução mais adequada, ou seja, aquela que dará mais retorno ao negócio. As opções de escolha são amplas e a mestria está em escolher a solução que melhor se adapte à estratégia da empresa. A par disto, há que certificar-se de colocar uma equipa com o know-how certo para estar à altura do novo desafio em mãos.

Já ouvimos falar em big data há bastante tempo e a verdade é que, apesar de atualmente se ouvir falar mais de inteligência artificial, internet of things, blockchain, edge computing ou gémeo digital, o big  data continua a ser apontado como uma grande tendência estratégica, continuando a afetar as organizações. Recorde-se que em 2016/2017 foi um diferenciador para as empresas e agora trata-se já de um mercado que movimenta milhões.

Estejamos atentos a todas estas tendências que vão continuar a marcar a atualidade, pois a verdade é que nunca a tecnologia teve um papel tão decisivo nas nossas vidas e o futuro vai inevitavelmente passar por elas.

 

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