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Opinião: Look&Feel no setor retalhista

Por a 9 de Julho de 2018 as 10:39

david-perez-checkpointDavid Pérez del Pino, diretor-geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha

A experiência de compra no retalho é um dos principais fatores que tem preocupado os retalhistas nos últimos anos. Incrementar as vendas está diretamente relacionado com a capacidade de fidelizar clientes, permitindo que tenham a melhor experiência de compra possível e regressem à loja sempre que necessário.

Neste sentido, a etiquetagem dos artigos pode ser um entrave quer para o colaborador – que terá que estar sempre alerta para alterações de informação e que exijam a atualização da etiqueta dos artigos –, quer para o cliente se não conseguir interagir com o produto antes de o adquirir. Assim, uma ferramenta que tem estado em crescente desenvolvimento no sector a prevenção das perdas é a etiquetagem na origem.

Com a possibilidade de redução de perdas na ordem dos 53% e incremento de vendas entre os três e os 11%- segundo dados da Checkpoint – os retalhistas e os seus fornecedores têm colaborado, nos últimos anos, de forma muito estreita com os provedores de soluções de prevenção de perda no sentido de melhorarem o sistema de etiquetagem em origem.

Um artigo, independentemente da sua tipologia, que venha etiquetado na origem é uma clara mais valia para o retalhista. Desta forma, os retalhistas conseguem não apenas reduzir o furto, mas também aumentar a produtividade, reduzindo o tempo de chegada da mercadoria até ao linear, assim como os custos inerentes às perdas e à redução da produtividade.

Mais ainda, a possibilidade de ter um linear atrativo, sem caixas e artigos fechados, permite alcançar uma estética integrada no design da loja e na filosofia de cada retalhista – este fator é ainda mais importante para marcas do setor de luxo, onde o aspeto do produto é tão importante como a sua qualidade e preço.

De um modo geral, o retalhista e os seus fornecedores estão a dar ao cliente a oportunidade de ver e tocar os produtos – “look&feel” – antes de os adquirir, melhorando significativamente a sua experiência de compra. Por exemplo, uma garrafa de vinho premium está, normalmente, num expositor trancado; um produto de cosmética, sobretudo os de maquilhagem, como são os batons ou lápis de olhos, estão, em regra, guardados, sendo que exposto está apenas uma caixa vazia – o que implica pedir, sempre, a ajuda de um colaborador, ao mesmo tempo que contribui para uma sensação de incómodo para o cliente.

Estas situações não contribuem, de todo, para uma boa experiência do cliente, ao mesmo tempo que tornam agressiva a estética da loja e levam a perdas de tempo e produtividade. Estes exemplos exponenciados às cadeias de lojas mundiais contribuem para perdas significativas de vendas não realizadas para os grandes retalhistas, tornando o tema ainda mais recorrente nas conversas de prevenção de perdas entre os diferentes atores do setor.

Num passo mais à frente, a etiquetagem na origem está ainda na génese de uma loja totalmente conectada e perfeitamente visível para o retalhista. Isto é, esta é uma ferramenta essencial para os retalhistas saberem, ao longo de toda a cadeia de distribuição, onde está cada artigo, dando resposta mais rápida a cada cliente no que diz respeito ao artigo que procura, logo, tornando o cliente fidelizado e feliz com a compra que realizou.

 

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