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Opinião: As lojas do futuro e o futuro nas lojas

Por a 16 de Março de 2018 as 9:47

Por Manuel Aveleira, Executive Account Manager do SAS

 

Como não poderia deixar de ser, chamou-me a atenção a nova loja da Amazon em Seattle, EUA: Não tem empregados nem caixas mas podemos entrar e levar os produtos que quisermos. Isso mesmo. Não precisa de interagir com ninguém e não tem que esperar pela sua vez na fila. O pagamento? Não se preocupe que esse é feito, minutos depois, quando sai da loja.

Por detrás disto, claro, que estão câmaras, sensores, inteligências artificiais e avançados softwares que garantem que corre tudo bem e que, como se impõe, é prestado um serviço altamente eficiente, rápido e simplificado.

Muitos dizem que o futuro passa por aqui… o que nos faz pensar de imediato que isto se traduzirá numa profunda alteração da forma como as cadeias de retalho se relacionarão com os consumidores: pouca ou quase nenhuma interação. E, consequentemente, receio que se traduza também numa diminuição drástica dos trabalhadores.

O processo de compra é, sem dúvida alguma, simplificado e a ideia é descomplicar tudo! Mas será este o perfil adequado para todo o tipo de comércio? Não consigo encarar isto como o início do fim das lojas como hoje as conhecemos… mas antes como um repto à sua contínua evolução, sem que isto signifique pôr de lado os trabalhadores ou descurar a tal interação e relação que, muitas vezes, é o que diferencia uma marca de tantas outras.

Penso que o caminho terá de ser feito pela aposta no digital e na “entrega” de uma experiência personalizada e inovadora que não usurpe, em nada, as expectativas do atual consumidor que, há que dizer e não esquecer, é omnicanal.

O tempo é o bem mais escasso e também mais precioso que temos. Não queremos, por isso, perder muito do nosso tempo em tarefas que podem ser rápidas, no entanto a deslocação às lojas pode ser também um bom pretexto para a marca estabelecer uma ligação mais forte com o consumidor e que poderá, depois, conduzir a uma maior satisfação e posterior crescimento das vendas. As lojas são lugares agradáveis que proporcionam experiências ímpares e divertidas. O próprio processo de compra tem vindo a mudar e converteu-se em algo prazeroso.

Tudo é inteligente: desde as prateleiras até aos cartões

A evolução da tecnologia está a transformar todos os setores. Através dela conseguimos oferecer serviços cada vez mais ágeis e inovadores. Experiências cada vez mais completas, enriquecedoras e únicas a cada utilizador.

Hoje em dia, é (quase) tudo possível. Tudo é inteligente: desde as prateleiras, aos carros e cartões.

Temos a realidade aumentada e a inteligência artificial. Aplicações móveis que permitem fazer compras à distância da voz. Podemos personalizar e comprar produtos à nossa imagem, independentemente do sítio onde estejamos.

O atual potencial da tecnologia é tão abrangente que ficamos com a sensação que a podemos utilizar para qualquer propósito que seja. E, basta estar atento, para facilmente nos apercebermos onde é dada a ênfase: na rapidez, comodidade e simplicidade para o cliente final.

Reconheço, por isso, a importância das chamadas lojas do futuro, como é o caso da nova loja da Amazon, no entanto penso que o futuro das lojas nem sempre terá de passar por ali, mas antes pela aposta e adaptação de conceitos de transformação digital e de novas tecnologias capazes de transformar a experiência de compra, sem que isto signifique o “sumiço” da presença humana!

 

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