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Antifurto: da evolução à adaptação, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 6 de Dezembro de 2017 as 10:56

Por David Pérez del Pino, diretor-geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha

Com o incremento do consumo na sociedade atual, vemos crescer não apenas as tendências de consumo, mas também uma clara evolução nos comportamentos desempenhados no retalho, seja pela exigência na hora de comprar seja pelas novas formas de consumir.

O cliente atual é informado, tecnologicamente avançado e altamente exigente. Tais características vêem-se refletidas nos seus comportamentos enquanto consumidor – antes de entrar em loja sabe o que procura e onde encontrar e, sempre que possível, procura não perder muito tempo com a compra. Neste sentido, as estratégias que os retalhistas usam em loja começam, em determinadas circunstâncias, a assemelhar-se às desenvolvidas para o omnichannel, e onde a polivalência dos sistemas antifurto é essencial para os planos a desenvolver.

Se por um lado as lojas têm, necessariamente, que ser mais apelativas e convidativas, esteticamente atrativas e com um tratamento cada vez mais personalizado e direcionado ao cliente, têm também que ser mais seguras, não só como medida de proteção dos clientes, mas também como medida de prevenção de perdas. Assim, o investimento que tem sido feito nas últimas décadas nos sistemas antifurto tem vindo a aumentar, mas esses valores que se aplicam em soluções de prevenção de vendas trazem, sobretudo nos últimos anos, um conjunto de ferramentas que os retalhistas procuram utilizar de formas ainda mais inteligentes.

Por exemplo, uma das valências das antenas antifurto é a contagem de visitantes – se inicialmente este valor era utilizado para questões de simples gestão da loja, atualmente estes são lidos e tratados em tempo real, o que permite identificar picos de movimentação das lojas e, juntamente com os departamentos de comunicação, vendas e marketing, desenvolver e implementar estratégias direcionadas ao consumo de determinado artigo. Esta novidade é levada a um novo nível com as novas aplicações de gestão de loja que colocam nas mãos dos retalhistas e seus funcionários a possibilidade de analisar sectores específicos da loja ao momento e adequar estratégias. Mais ainda, no que à etiquetagem diz respeito, e no que concerne aos produtos frescos, a etiqueta que inicialmente era colocada em origem para gerir stocks, atualmente ganha um novo papel ao permitir, com tecnologia RFID, detetar stocks em rutura e/ou com datas de validade em processo de expiração, permitindo ao retalhista implementar uma nova campanha vantajosa para si e para o cliente no momento mais indicado.

Assistimos, por isso, a uma clara adaptação por parte do retalho às novas tendências de consumo, mas também, a um novo ajuste por parte dos sistemas de prevenção de perdas que, com toda a riqueza de informação que aportam, assumem uma posição de vendas e incremento de consumo, contribuindo para o aumento do lucro em duas frentes.

 

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