40% dos portugueses considera que lojas independentes oferecem mais qualidade que grandes cadeias
40% dos portugueses prefere efetuar compras em lojas independentes, em detrimento dos espaços detidos por empresas de maior dimensão, por considerarem que oferecem melhor qualidade de produto, indica o estudo “International Own Business Study”, da grossista Metro, dona da Makro Portugal. A nível global, 31% dos 10 000 inquiridos diz apresentar maior propensão para favorecer e escolher negócios próprios em detrimento de empresas não independentes, sendo o principal motivo a importância para a comunidade desses negócios (52%). Outros fatores incluem a qualidade dos produtos (45%) e serviços que oferecem (29%)
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Ana Catarina Monteiro
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40% dos portugueses prefere efetuar compras em lojas independentes, em detrimento dos espaços detidos por empresas de maior dimensão, por considerarem que oferecem melhor qualidade de produto, indica o estudo “International Own Business Study”, da grossista Metro, dona da Makro Portugal. Realizado em dez países (Portugal, Alemanha, França, Holanda, Itália, República Checa, Roménia, Turquia, Rússia e China), o estudo pretende dar conta da perceção dos consumidores face aos negócios independentes, assim como dos desafios enfrentados por aqueles que decidem abrir o seu próprio negócio.
A nível global, 31% dos 10 000 inquiridos diz apresentar maior propensão para favorecer e escolher negócios próprios em detrimento de empresas não independentes, sendo o principal motivo a importância para a comunidade desses negócios (52%). Outros fatores incluem a qualidade dos produtos (45%) e serviços que oferecem (29%).
Entre os inquiridos que não detêm negócio próprio, 48% mostra vontade de iniciar o seu próprio negócio, no entanto, apenas 13% pensa ser “muito provável” materializar essa ambição. As maiores barreiras para iniciar uma atividade própria passam pelas “dificuldades em encontrar apoio financeiro” (indicadas por 46%) e o “ambiente económico instável” (41%).
Em Portugal, entre os inquiridos que afirmam existir barreiras à abertura de negócios próprios, 47% aponta para a “situação económica” como principal fator para não avançar nesse sentido. Ainda assim, dos portugueses que já detêm o seu próprio negócio, 89% diz que iniciaria novamente um negócio próprio. A mesma percentagem é atribuída à amostra total.
“Apesar de todos os desafios que o estudo coloca a descoberto, os donos dos seus negócios são altamente positivos em relação à sua decisão de iniciar um negócio próprio”, explica em comunicado o grupo Metro.
No sentido oposto, os proprietários a nível global acusam a “falta de apoio financeiro” (46%), a “situação económica do país de origem” (41%), a tributação (28%) e a burocracia (27%) de serem as maiores ameaças ao sucesso dos seus projetos. “Estas preocupações variam de acordo com o país, situação económica geral e a tributação. Este cenário demonstra que os empresários independentes dependem de políticas para criar um ambiente no qual os seus negócios possam prosperar”.
Em Portugal, 38% dos proprietários inquiridos afirma que a atual situação económica é um constrangimento e uma percentagem menor (18%) aponta para situação política atual. Os benefícios apontados pelos empresários portugueses são, por sua vez, “ser o dono do negócio” (53%), ter um negócio pelo qual é apaixonado” (38%), “flexibilidade para fazer outras atividades fora do trabalho” (38%) e o “gosto pela responsabilidade de gerir um negócio” (33%).
O estudo “International Own Business Study” foi desenvolvido como uma das iniciativas criadas para o Dia do Negócio Próprio, criado pelo grupo Metro, que se realizou no passado dia 10 de outubro, integrando 21 milhões de clientes profissionais do grupo cash and carry em todo o mundo.